Tênis

Desistência de Nadal após título em Toronto e retorno de Federer movimentam abertura do Masters de Cincinnati

O tenista Roger Federer
Foto: OLI SCARFF/AFP/Getty Images

Atual número 1 desistiu do torneio em Ohio para se poupar visando ao US Open, que dá início em duas semanas; de volta ao circuito, suíço busca oitavo título

A tão aguardada reunião do Big Four será mais uma vez adiada. A expectativa de vermos Rafael Nadal, Roger Federer, Novak Djokovic e Andy Murray juntos em um torneio após um ano (última vez que atuaram no mesmo campeonato ocorreu em Wimbledon de 2017) naufragou com a desistência de última hora do espanhol. Após o título da Rogers Cup sobre o grego Stefanos Tsitsipas, o número 1 do mundo resolveu não jogar o Masters 1000 de Cincinnati, que começa logo mais, para se focar na defesa do título do US Open, o último Grand Slam do ano. Com a ausência do Touro Miúra, o suíço, heptacampeão do torneio, assume a condição de favorito à taça.

 

Retorno de Federer

Dando sequência ao seu plano de estender ao máximo a carreira, escolhendo torneios a dedo e assim evitando um desgaste físico maior, Roger Federer retorna nesta semana ao circuito da ATP buscando o oitavo título de Cincinnati. O torneio no estado norte-americano de Ohio é o único preparatório do ex-número 1 do mundo em quadra dura visando ao US Open, o quarto e último Grand Slam de 2018. O Major no Flushing Meadows dá início no dia 27 de agosto, em Nova Iorque.

Segundo colocado no ranking, o suíço chega com números impressionantes para o Masters. Federer ganhou 41 das 45 partidas realizadas ao longo de sua trajetória em Cincinnati. Tal expressiva marca será testada apenas na segunda rodada, já que o Maestro folga na abertura. O adversário sairá do confronto entre o alemão Peter Gojowczyk (47º) e o português João Sousa (61º). Ele poderá ter pelo caminho o britânico Andy Murray nas oitavas de final; o compatriota Stan Wawrinka (151º) ou o austríaco Dominic Thiem (8º) nas quartas; além de Juan Martin Del Potro nas semis. Uma eventual final poderia ocorrer contra Novak Djokovic, Marin Cilic (7º) e até o atual campeão Grigor Dimitrov, considerados os principais favoritos do lado de cima da chave.

 

O título que falta

Ainda buscando a estabilidade necessária para brigar por títulos em todo torneio que disputa, Novak Djokovic (10º no ranking) tem em Ohio o seu maior desafio em 2018. Campeão ao lado de Federer e Nadal de todos os Grand Slams da ATP, o sérvio ainda não carimbou os nove Masters 1000. E adivinha qual taça falta na prateleira do tenista? Exatamente, o Masters 1000 de Cincinnati. Djoko chega para a competição com cinco vice-campeonatos no Western & Southern Open. A estreia acontece contra o norte-americano Steve Johnson, número 33 do mundo.

Murray na ativa

O desfalque de Nadal pode ser amenizado com a participação de Andy Murray. Indo para sua oitava partida desde a volta às quadras após 11 meses se recuperando de uma lesão no quadril, o número 375 tem como principal objetivo melhorar seu ranking. Após atingir as quartas de final do ATP 500 de Washington, o escocês precisa ganhar jogos para retomar sua confiança e ritmo de jogo. Bicampeão em Cincinnati, o escocês estreia diante do francês Lucas Pouille (17º).

 

Defesa de título

Correndo por fora, Grigor Dimitrov (5º) precisa ser levado em conta na hora de lembrarmos os postulantes ao troféu em Ohio. Tudo por conta de sua campanha no ano passado, que resultou no inédito título de Masters ao bater o australiano Nick Kyrgios na decisão. A primeira taça deste nível foi alcançada em meio a uma semana fantástica, sem ceder nenhum set e ainda mantendo o seu serviço durante toda a competição. Podendo reescrever seu nome na história no torneio, Dimitrov estreia na segunda rodada, contra o vencedor do alemão Mischa Zverev e do bósnio Damir Dzumhur.

 

Surpresa grega

Entre as possíveis surpresas que poderemos ver no Western & Southern Open, como o britânico Kyle Edmund (16º), o croata Borna Coric (21º) e o canadense Denis Shapovalov (32º), temos Stefanos Tsitsipas, que surge como a grande possibilidade de “azarão”. É só olharmos para o que o grego aprontou no Masters 1000 de Toronto para entendermos a expectativa em torno do tenista de 20 anos. Tsitsipas teve uma participação quase perfeita na Rogers Cup, chegando ao vice-campeonato. A campanha no Canadá teve como destaque a vitória sobre Novak Djokovic, um dos quatro Top 10 que ele superou no torneio. O agora número 15 no ranking da ATP joga em Cincinnati para provar que o segundo lugar no domingo não foi obra do acaso. Ele começa sua jornada contra o belga David Goffin, cabeça de chave número 10.