Humor

Paixão Nacional: fez que foi e acabou ficando

Parece que certas bizarrices só acontecem no futebol brasileiro. Depois de enfileirar o terceiro empate seguido do Santos pelo Brasileirão, na última quinta-feira, dia 19, contra o Sport, a diretoria do Santos, insatisfeita com os resultados do time, vazou a informação de que Levir Culpi seria demitido na sexta-feira, dia 20, há 9 rodadas do fim do campeonato.

Até o assessor de imprensa do treinador, Adriano Rattmann, confirmou a demissão em um post no Facebook – apagado pouco depois (mas disponível no globoesporte.com). Em meio à bagunça da não-demissão, e após o pedido do elenco, o presidente do clube Modesto Roma Júnior – em campanha pela reeleição – voltou atrás e manteve o treinador.

No banco de reservas neste domingo, comandando o Santos contra o Atlético-GO – lanterna do Brasileiro – Culpi (além de Lucas Lima e Zeca) foi implacavelmente vaiado pela torcida a cada decisão que tomava (e terminar a partida contra o pior time do campeonato com 3 volantes para segurar o 1 a 0 não ajudou muito).

O fato é que está claro que Levir Culpi não será o técnico do Santos em 2018. Se havia alguma dúvida quanto a isso, ela acabou no último dia 20 e a pergunta que fica é: como um clube como o Santos espera ser campeão Brasileiro tendo um técnico cujo trabalho não agrada e que só não foi demitido por conta do apelo do grupo de jogadores? Esperam mesmo que o “professor” dedique-se ao máximo sabendo que ao final do campeonato estará desempregado? Acho muito difícil.

O Santos não joga bem. Não tem padrão e depende de Bruno Henrique – que não joga há 3 partidas por conta de uma lesão. Tem um técnico experiente, há muito tempo na profissão, mas que não conta com a confiança da diretoria e nem da torcida. Paradoxalmente, está há 6 pontos do líder e com chances matemáticas de ser campeão brasileiro.

Será mesmo?

A possibilidade de triunfo – e o apelo dos jogadores – mantém Culpi empregado até dezembro, mas nem mesmo o título de Campeão Brasileiro deverá mantê-lo em Santos em 2018.

Posso estar muito enganado – e se o Santos for campeão, me retratarei aqui –, mas acho que não é bem assim que se motiva um profissional…