Mundial Feminino de Basquete

O que esperar do Mundial Feminino de Basquete que começa neste fim de semana na Espanha?

EUA foram os vencedores da edição 2014 do Mundial Feminino de Basquete
Foto: Getty Images

Competição desta vez não terá a presença do Brasil. Os favoritos? EUA, óbvio, e a anfitriã Espanha

Os anos que têm a Copa do Mundo de futebol são também fartos para a turma que curte vôlei e basquete. Se o esporte das cortadas está com o seu Mundial Masculino a pleno vapor na Itália e Bulgária, o basquete agora vai largar também para o seu Mundial Feminino, que nesta edição não conta com a presença do Brasil, que não obteve as três vagas entregues na Copa América, que foram para Canadá, Argentina e Porto Rico.

O complicado momento brasileiro nas quadras femininas não deve tirar o encanto do Mundial que será aberto neste sábado (22) na Espanha. A nata das jogadoras de todo o mundo estará reunida em Tenerife, para a competição que ocorre somente a cada quatro anos. A atual bicampeã, como não poderia deixar de ser, é a equipe norte-americana, que garantiu sua vaga ao ganhar a Olimpíada de 2016.

A quem se perguntar sobre o Mundial Masculino de Basquete – ele vai ocorrer apenas no ano que vem, na China.

 

Todas contra as americanas

Falar de qualquer competição de basquete é ressaltar a capacidade da equipe dos Estados Unidos, que larga em Tenerife como a grande candidata a vencer esta edição. Não poderia mesmo ser diferente, embora equipes como Austrália, França e a anfitriã Espanha também surjam como potenciais participantes das semifinais.

O cenário do basquete feminino está conferindo uma verdadeira dinastia ianque em suas últimas edições. As americanas ganharam com relativa facilidade as duas competições mais recentes disputadas entre as mulheres, em 2010 (na República Checa) e 2014 (na Turquia). O que variou? Só a seleção que terminou como vice. Em 2010 foram as checas, que nem jogarão agora, enquanto em 2014 a adversária da seleção americana foi a Espanha.

Das 17 edições disputadas até hoje no Mundial Feminino, as americanas ganharam nada menos que nove campeonatos – a Rússia é a segunda, com seis, e a grande ausência da competição que começa agora.

Quem tem grande capacidade para cumprir o papel de zebra e avançar até as instâncias mais agudas são as seleções de Letônia e de Turquia. Ambas têm um estilo de jogo parecido, com muita força sob o garrafão, e os resultados do último Campeonato Europeu, no ano passado, mostraram isso.

Já dá, até por evidência, encontrar nas europeias as grandes rivais das americanas nesta competição. O Europeu do ano passado terminou com Espanha, França e Bélgica no pódio. Não dá mesmo para esperar nenhuma outra concorrência mais dura neste Mundial.

 

E as demais?

As americanas terão um time com, digamos, 75% da sua capacidade total. Deve ser o suficiente para manter a sua condição de campeã olímpica, mundial e líder do ranking da FIBA, a Federação Internacional de Basquete. As americanas vão encarar as chinesas na primeira fase, que não põem medo em ninguém.

Não há, no horizonte da Ásia e até mesmo da tradicional Austrália, ninguém que demonstre força suficiente para impedir uma decisão entre Estados Unidos e Espanha. O Mundial Feminino tampouco demonstra muitas capacidades de gerar surpresas. Houve uma exatamente no Brasil, em 2006, com o título da Austrália sobre a Rússia, com os Estados Unidos ficando fora até mesmo da final.

Em uma sequência lógica, é interessante pensar que as fases decisivas tenham mesmo uma mescla de europeias, australianas e americanas. A soberania das gigantes ianques está garantida. A WNBA vive o seu momento de maior visibilidade em todos os tempos, e assim como entre os homens, a predileção americana pelo basquete entre as mulheres está muito evidente – seja pela maciça procura pelas mais jovens ou pela seleção do país sempre no topo do pódio.

 

Como será o Mundial Feminino de Basquete, na Espanha

Período: de 22 a 30 de setembro
  • Grupo A – Coreia do Sul, Grécia, Canadá e França
  • Grupo B – Austrália, Turquia, Argentina e Nigéria
  • Grupo C – Japão, Porto Rico, Bélgica e Espanha
  • Grupo D – Letônia, EUA, Senegal e China

Sistema de disputa

É o mais simples possível. Cada chave classifica a sua líder de grupo para as quartas de final. Há também um mata-mata de segunda fase envolvendo as equipes que terminam em segundo e terceiro para decidir o adversário de cada líder de chave. Os duelos são de eliminatória simples até a decisão do título, marcada para o dia 30 de setembro.