Vôlei

Final da Liga das Nações de Vôlei Feminino: Brasil arrasa a Holanda e é favorito também contra a China

Seleção Brasileira de Vôlei Feminino
Foto: William Lucas/Inovafoto/CBV

Seleção comandada por José Roberto Guimarães vence por 3 sets a 0 em uma atuação excelente do seu ataque    

O Brasil fez a sua parte e cumpriu o prognóstico que havíamos publicado ontem (27) aqui no Ganhador. Com uma ótima atuação em todos os setores da quadra, e em especial no ataque, a seleção estreou em Nanjing (China), na Fase Final da Liga das Nações de Vôlei Feminino, com uma contundente vitória de 3 a 0 sobre a Holanda, com parciais de 25/16, 25/17 e 25/23. De fato, só houve resistência mesmo na última parcial, quando o Brasil jogou com um sangue frio admirável e soube controlar todas as tentativas holandesas de levar a partida para o quarto set.

O problema é que o Brasil nem vai ter tempo para comemorar: o segundo compromisso deste triangular já ocorre nesta sexta, às 9h30, diante da China, a anfitriã. O SporTV 2 transmite ao vivo e há a expectativa por mais uma vitória brasileira. A China também já jogou contra a Holanda e venceu por 3 a 1, mas na fase de classificação perdeu para o Brasil pelo mesmo placar. É claro que não dá para desconsiderar que as chinesas vão apresentar um rendimento melhor por jogarem em casa e serem as anfitriãs da Fase Final da Liga das Nações, mas a diferença entre as equipes é considerável – especialmente na posição de levantadora, pois a titular Roberta é hoje um dos grandes nomes do mundo.

 

Única 100%

Chama bastante a atenção que o triunfo do Brasil sobre a Holanda seja sem perder sets. Todos os outros resultados foram bem mais parelhos, e a seleção europeia não atuou abaixo das suas capacidades – o Brasil sim que conseguiu impor o seu estilo de velocidade e potências e não ofereceu possibilidades de reação. No Grupo A, como citamos, a China bateu a Holanda por 3 a 1. E no Grupo B, com Estados Unidos, Sérvia e Turquia, as partidas estão bem mais parelhas, com 3 a 2 dos EUA sobre a Turquia e um novo 3 a 2 da Turquia sobre a Sérvia. Dando a lógica, o Brasil enfrentaria a Turquia na semifinal da Liga das Nações no sábado, com um possível confronto com as americanas na decisão de domingo – antes, porém, os Estados Unidos precisaria bater a China na semi.

“Essas seleções estão entre as melhores do mundo. A Holanda tem evoluído bastante. O técnico (Jamie Morrison) é americano e joga como os Estados Unidos, imprimindo bastante velocidade nas extremidades e com as jogadoras de meio. Ele tem investido no potencial defensivo do time. Já vencemos a Holanda na fase de classificação, mas estava tudo zerado. É sempre um grande desafio”, disse José Roberto Guimarães, que ainda fez questão de elogiar a equipe brasileira.

“Tenho que parabenizar as jogadoras pela dedicação delas durante essas sete semanas. Tivemos altos e baixos durante a competição, mas aprendemos bastante. Estamos treinando muito bem e sinto o time feliz por termos chegado aqui com a possibilidade de enfrentar as melhores seleções do mundo, mas queremos mais na competição”, completou o treinador.

“A Holanda hoje joga um voleibol redondo, as duas levantadoras imprimem bastante velocidade no jogo”, analisou a central Adenízia. “Mas conseguimos manter principalmente a atenção que o técnico tanto cobra. Vamos seguir neste caminho.”

 

Eficiência

O Brasil conseguiu realmente colocar em prática aquilo que se propôs: o time entrou concentrado e sacou muito bem, “quebrando” o passe da Holanda que em raros momentos pôde atacar com violência. As europeias bem se que esforçaram, mas não conseguiram fugir da situação de recorrer sempre às bolas altas, o que facilitava demais o bloqueio do Brasil.

Ressalte-se também a paciência do Brasil, que não se precipitou e não deu muitos pontos de graça para a Holanda. Tal eficiência é mostrada no aproveitamento de ataque, com 45 pontos para o Brasil e 36 para a Holanda. Tandara terminou com 17 pontos e foi a melhor da equipe neste item das estatísticas.

 

Palpite

O Brasil tem vantagem sobre a China em todos os pontos da quadra. A única maneira de equilibrar a partida seria com uma desatenção do time – que, convenhamos, não viajou até Nanjing para dar sets de graça. O Brasil demonstrou uma boa distribuição de jogo e o vigor de sempre tanto na hora de defender como de atacar. É de se imaginar que este padrão persista e que a equipe consiga ganhar por 3 a 1 ou até mesmo um 3 a 2, mas sem oferecer muita chance para nenhuma tentativa de vitória chinesa no quinto set.

 

Jogos do Brasil na Fase Final da Liga das Nações de Vôlei Feminino

Quinta-feira, 28 de junho

  • Brasil 3×0 Holanda

Sexta-feira, 29 de junho

  • 09:30 – Brasil x China – Palpite: Brasil