Copa do Mundo Rússia 2018

Brasil x Costa Rica: Com Neymar pressionado, Seleção Brasileira vive clima de decisão na segunda rodada do Grupo E

Seleção Brasileira
Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Empate em 1×1 com a Suíça foi uma ducha de água fria nos brasileiros, que precisam urgentemente da vitória sobre os Ticos para diminuírem a pressão no elenco canarinho

 O frustrante empate da Seleção Brasileira por 1×1 com a Suíça, na estreia da Copa do Mundo de 2018, mexeu com o ambiente dos comandados do técnico Tite, que certamente não esperavam tamanha dificuldade em Rostov, após abrirem o placar, em uma pintura de Philippe Coutinho. Mas a igualdade aconteceu e o Brasil, ainda favorito para alcançar a primeira posição do Grupo E, precisa dar uma resposta rápida para os críticos, que têm sido impiedosos principalmente com Neymar, considerado um dos “culpados” por individualizar demais ou até por se preocupar com o seu cabelo – acredite se quiser. Fato é que o time canarinho entra em campo nesta sexta-feira (22 de junho), às 9 horas (horário de Brasília), com a obrigação de vencer a Costa Rica, em São Petersburgo.

 

Que Neymar veremos?

Camisa 10 da Seleção Brasileira e principal nome canarinho para levantar a taça do hexacampeonato, Neymar não começou nada bem sua segunda Copa do Mundo. Depois de muita expectativa de como seria sua estreia e suas condições físicas após a recuperação da cirurgia no pé direito, o craque brazuca fez um jogo contra a Suíça bastante abaixo das expectativas.

A falta de objetividade dentro de campo é o ponto chave para entendermos as críticas ao jogador, que foi o mais caçado com 10 faltas, maior quantidade desde a Copa de 1998, quando inglês Alan Shearer havia sofrido 11 contra a Tunísia. O resultado: dores justamente no local onde sofreu cirurgia meses atrás.

A escalação de Neymar para o confronto diante da Costa Rica foi até colocada em xeque, já que o atacante saiu do treino de terça-feira mancando. Mas, ao que mostrou a atividade de ontem, ele treinou normalmente e estará entre os 11 titulares.

Resta saber se veremos um camisa 10 que é dono da maior transação da história do futebol mundial (comprado por 222 milhões de euros pelo PSG) e hoje é o terceiro maior artilheiro da Seleção Brasileira ao lado de Romário com 55 gols, atrás apenas de Ronaldo, com 62, e Pelé, com 77, ou aquele individualista, que persiste em “aparecer” no próprio jogador.

 

As armas

O jogo contra a Suíça mostrou que Philippe Coutinho pode ser o “cara” da Seleção Brasileira quando Neymar não estiver em um dia inspirado. Mas isso só irá acontecer se o jogador do Barcelona tiver mais protagonismo durante a partida, ou seja, se aproximando de Gabriel Jesus, outro apagado na estreia, e chamando a responsabilidade.

Já que falamos no camisa 9, que é o artilheiro da Era Tite com dez gols em 18 jogos, sua atuação contra os costarriquenhos é vista como crucial para manter vaga entre os titulares. Isso porque os poucos e eficientes minutos de Roberto Firmino diante dos suíços, que incluíram duas chances claras de gol, foram suficientes para colocar uma dúvida na cabeça do técnico gaúcho.

Ainda no banco, Renato Augusto surge com força caso o quadrado mágico, como chamamos à atenção na última semana, não funcionar. Depois de sofrer com a sobrecarga dos treinamentos, o meio-campista está recuperado e até ganhou minutos na estreia. Neste caso, Willian é quem teria mais chances de sair do time.

 

Crise rival

O momento instável após a rodada de abertura da Copa do Mundo não é exclusividade do Brasil. Após ser derrotada por 1×0 pela Sérvia, em placar até considerado “bom” em razão das intervenções do goleiro galáctico Keylor Navas, a Costa Rica vive uma crise interna, que segundo os jornais locais tem o grupo de jogadores dividido: os que jogam na MLS, na Europa e no próprio país. Fato é que a discussão entre o atacante Johan Venegas e o defensor Giancarlo Gonzalez durante um treinamento evidenciou os problemas na equipe.

Assim como a Seleção Brasileira, os Ticos precisam dos três pontos se quiserem continuar sonhando com o mata-mata. A principal esperança do time dirigido por Óscar Ramírez segue sendo o experiente meio-campista Bryan Ruiz, que tentará quebrar um jejum de 58 anos sem bater o país pentacampeão. Com nove derrotas em dez jogos realizados diante do Brasil, a Costa Rica tem um único triunfo na histórica do confronto, que aconteceu em 1960, por 3×0.

 

O grupo

Empatado com a Suíça na segunda posição do Grupo E, o Brasil tem a obrigação de vencer – e vai, com pelo menos dois gols de diferença – a Costa Rica se quiser não depender de outro resultado na última rodada. Isso porque a Seleção Brasileira encerra a sua participação na primeira fase contra a Sérvia, a atual líder da chave com três pontos.

 

Jogos da 2ª rodada do Grupo E da Copa do Mundo 2018

Sexta-feira, 22 de junho

  • 09:00 – Brasil x Costa Rica – Palpite: Brasil
  • 15:00 – Sérvia x Suíça – Palpite: Suíça