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Minotouro é novo astro do UFC flagrado no doping: a história que não queremos contar

Foto: Divulgação/UFC

O MMA já passou da fase de massificação e conquista da popularidade no Brasil. A modalidade – especialmente com o trabalho feito pelo UFC nos últimos anos – ralou até conseguir seu lugar no coração do fã de esportes e se consolidar como uma realidade no país. Mas isso não significa que nossos maiores representantes devem relaxar com sua parcela de responsabilidade nessa luta. Pode não parecer. Mas pouco a pouco os casos de nomes brasileiros envolvidos em casos de doping ou interrompem ou atrapalham a evolução da modalidade no Brasil.

Que tipo de fã gosta de ver seus ídolos flagrados no doping? Nesta semana, Rogério Minotouro teve seu nome ligado a uma possível violação aos códigos de conduta do programa antidoping conduzido pela Usada (Agência Antidoping dos Estados Unidos). Assim como Junior Cigano, Anderson Silva, Vitor Belfort, Lyoto Machida, Cris Cyborg e tantos outros nomes, o baiano alega inocência. Quem sou eu para julgar? Fato é que inocente ou não, é preciso cuidado. Há muito em jogo.

Lutadores são passíveis de erros deste calibre, sim. Porém, suplementos contaminados e descuido no controle alimentar não podem ser justificativa para este tipo de episódio. No caso de Minotouro e Cigano a substância ilegal encontrada no organismo foi um diurético, usado especialmente – mas não somente para – durante corte de peso. O que leva atletas de alto nível a terem seus nomes ligados a caso de doping nós ainda iremos descobrir, seja falta de cuidado, distração, ignorância ou até mesmo a intenção de trapacear.

O problema é mundial. Não são apenas nomes brasileiros envolvidos em casos de doping. Jon Jones, Brock Lesnar, Frank Mir, Yoel Romero, Alistair Overeem, Chad Mendes, Chael Sonnen, Kelvin Gastelum… A lista é extensa. A diferença é que o MMA é mais consolidado em países como Estados Unidos do que aqui. No Brasil, especialmente diante de um cenário com apenas duas campeãs do UFC (Amanda Nunes e Cris Cyborg, que não são tão expressivas) casos de doping com atletas brasileiros tiram a credibilidade do MMA no país.

Que o trabalho da Usada possa seguir firme e forte para limpar e profissionalizar a modalidade ao redor do mundo. Quem tiver de ser punido, que seja. E que nossos lutadores (não só os brasileiros, mas que estes façam sua parte) tenham cuidado ao conduzirem suas carreiras. Ser um atleta profissional requer muito mais do que treinar, comer e dormir. Pedimos controle antidoping. Agora temos. O que falta para um noticiário menos manchado com casos de doping no MMA e mais repleto de conquistas limpas?