Carioca

Vasco tenta apagar vexame da estreia e vencer o Nova Iguaçu na 2ª rodada

Foto: Paulo Fernandes / Vasco.com.br

Time do técnico Zé Ricardo perdeu para o Bangu em pleno São Januário; chance de recuperação será já neste domingo (21), às 17h, de novo em casa       

Nem parecia que o Vasco está voltando a uma Libertadores da América depois de seis anos. Apático e confuso, o Gigante da Colina perdeu para o modesto Bangu na estreia da Taça Guanabara por 2×0 na noite desta quinta (18). Pode-se dizer que o resultado foi histórico: acabou sendo apenas a quarta vitória do time vermelho e branco em São Januário desde 1927, em um total de 67 confrontos entre os clubes no local.

A sorte do Vasco é que a chance de reação já aparece logo a seguir: de novo em São Januário, neste domingo, às 17h (de Brasília), o clube volta a jogar pela Taça Guanabara. O adversário vai ser o Nova Iguaçu, que ficou no 1×1 com a Cabofriense na estreia.

Um fim melancólico

O Vasco, vale lembrar, jogou com os portões fechados por um problema interno que está culminando na saída do presidente Eurico Miranda. O manda-chuva acabou se despedindo do cargo com uma derrota vergonhosa e com um time que jamais deu sinais de reação diante de um Bangu que tampouco demonstrou muitas qualidades.

Os gols saíram no final de cada um dos dois tempos – ou seja, o Vasco teve bastante espaço para agir e tentar mudar o destino da partida, mas não foi o que aconteceu. Outro destaque negativo foi Nenê, expulso no final da partida.

A equipe titular levada a campo pelo técnico Zé Ricardo foi a seguinte: Martín Silva; Yago Pikachu, Luiz Gustavo (Desábato), Ricardo Graça e Henrique; Wellington (Caio Monteiro), Wagner (Guilherme Costa), Evander (Andrey), Nenê e Paulinho; Ríos (Paulo Vitor).

Capitão da equipe, o goleiro Martín Silva demonstrou toda a sua irritação com os problemas políticos do clube ao fim da partida: “Não sabíamos se teria jogo, não sabemos se vão pagar a passagem para a Libertadores, isso tudo nos incomoda e nos tira a concentração para a partida, é claro”, afirmou o uruguaio.

“Não precisa ir muito longe para perceber que a briga política atrapalha demais o time. Estamos sendo profissionais, mesmo com o salário atrasado. Todos estão dando o melhor, mas a estrutura do clube precisa acompanhar o esforço que os jogadores vêm tendo.”

O técnico Zé Ricardo adotou discurso semelhante e driblou comentários sobre a crise política do clube: “Prefiro ressaltar que nesses 13 dias no CT o empenho de todos os atletas foi no seu limite. Todos no clube seguem trabalhando com muito afinco e profissionalismo”, comentou depois da derrota, que foi assimilada por ele de maneira natural: “Não acredito que o resultado influencie em algo. Seguimos nosso planejamento para o confronto do dia 31”, em referência ao duelo contra o Universidad de Concepción, do Chile, pela Libertadores.

A partida de domingo será mais uma vez sem público, o que o comandante vascaíno fez questão de reprovar: “Joguei em São Januário mais vezes de portões fechados do que abertos. Espero que depois de domingo tiremos isso definitivamente do nosso dicionário”.

Nova Iguaçu surge como nova zebra

A derrota do Vasco para o Bangu foi assimilada pelo Nova Iguaçu como um sinal claro de que a vitória no domingo pode ser possível sim. O time estreou na Taça Guanabara com um 1×1 contra a Cabofriense. A partida estava 1×0 para o Nova Iguaçu até o final do jogo, mas mesmo assim o técnico Edson de Souza fez uma avaliação positiva do resultado: “Foi bom. É claro que todos querem ganhar em casa, mas a Cabofriense estava com mais ritmo”, falou o treinador, lembrando que o Nova Iguaçu vinha em uma inatividade espantosa de nove meses.

“Não estou 100% satisfeito, mas vi que as melhores chances na estreia foram nossas. Levar o empate foi uma situação comum do futebol”, seguiu o técnico.

Para ele, a chance de enfrentar um Vasco combalido merece ser valorizada por todo o grupo. “Sabemos que um time grande como o Vasco dificilmente perde duas vezes seguidas, e isso é um desafio interessante para a gente. Eles certamente estão sofrendo uma pressão grande, mesmo sabendo que a partida vai ser disputada com os portões fechados. Tem tudo para ser uma ótima chance para a gente seguir pontuando no campeonato”, concluiu.

Jogos da 2ª rodada da Taça Guanabara

Sábado, 20 de janeiro

  • 16:00 – Boavista x Macaé – Palpite: Empate
  • 16:00 – Portuguesa x Madureira – Palpite: Portuguesa
  • 17:00 – Fluminense x Botafogo – Palpite: Empate

Domingo, 21 de janeiro

  • 16:30 – Bangu x Volta Redonda – Palpite: Empate
  • 17:00 – Vasco x Nova Iguaçu – Palpite: Vasco
  • 20:15 – Flamengo x Cabofriense – Palpite: Flamengo