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UFC 222: o que representam as vitórias de Cris Cyborg, Ketlen Vieira e Mackenzie Dern para o Brasil?

Foto: Divulgação/UFC

O Dia Internacional da Mulher é comemorado apenas na próxima quinta-feira (8), mas o UFC 222, ocorrido em Las Vegas (EUA), no último sábado (3), marcou uma bela homenagem ao poder do MMA feminino brasileiro. Cris Cyborg, Ketlen Vieira e Mackenzie Dern representaram muito bem o país com vitórias no evento e confirmaram mais uma vez a força que as mulheres têm neste esporte. Não faltam representantes capazes de brilhar dentro do octógono mais famoso do mundo. Perceber isso a cada oportunidade é um prazer.

Cyborg deu mais um show. É incrível como a brasileira sabe dar show. Pouco mais de dois meses depois de se apresentar em dezembro e vencer Holly Holm em luta dura para defender o cinturão peso pena pela primeira vez, Cris aceitou “salvar” o UFC 222 que perdera Max Holloway, encarou Yana Kunitskaya de última hora e arrebentou. Ela nocauteou a russa no primeiro round após mais uma performance de gala. Técnica, precisa e poderosa, a paranaense não teve problemas para derrubar a rival e fazer tudo aquilo parecer muito fácil. Cyborg atendeu o chamado, deu conta do recado e ainda mandou recado para Amanda Nunes: “Quando você desafia Cris Cyborg, tem de lidar com isso”. Isso certamente causou arrepios em muitos fãs que sonham com essa superluta, que tem tudo para ser histórica.

Outra que mandou bem no UFC 222 foi Ketlen Vieira. Aos 26 anos, a manauara emplacou a quarta vitória consecutiva dentro do octógono do UFC. E não foi contra qualquer rival. Ela dominou Cat Zingano, ex-desafiante ao cinturão da categoria. Uma performance expressiva onde investiu na força e em suas derrubadas. Com o resultado, Ketlen manteve o cartel perfeito e acumulou a décima vitória em dez lutas. Ela dispara como uma força dentro da divisão e pode melhorar ainda mais sua posição no ranking oficial da divisão, onde ela é a quinta colocada – Zingano era a sexta.

E como se já não bastasse dois resultados importantes para o futuro do MMA feminino brasileiro no UFC, Mackenzie Dern deu ainda mais brilho ao evento. Tá, eu sei que apesar de a tratarmos como brasileira, ela é americana. Mas ela é filha de brasileiro, é apaixonada pelo Brasil e é, sim, também representante do verde e amarelo quando entra no octógono. Sua ligação com o país faz qualquer fã brasileiro torcer por ela. Ela mesma faz questão de deixar isso claro. Então podemos puxar essa sardinha pro nosso lado, certo?

Fato é que Cris Cyborg, Ketlen Vieira e Mackenzie Dern são apenas alguns (fortes) exemplos do quanto o Brasil segue forte no MMA. Se os homens perderam força nos últimos tempos, elas ganharam. E gera um equilíbrio que ainda nos dá o direito de dizer por muito, muito tempo: o Brasil é uma força gritante no mundo das lutas e sempre será.