Vôlei

Mundial de Vôlei Masculino: dá para se animar com a vitória do Brasil na estreia?

Seleção Brasileira de Vôlei Masculino
Foto: Tarso Sarraf/Inovafoto/CBV

Seleção comandada por Renan dal Zotto não tomou conhecimento do Egito, mas nesta terça (13) encara a França em um teste muito mais significativo

O Brasil fez bem o que dele se esperava na primeira partida do Mundial de Vôlei Masculino. Jogando na cidade de Ruse, na Bulgária, a equipe que é a atual vice-campeã da competição nem precisou se esforçar muito para bater, nesta quarta (12), o Egito por 3 sets a 0, parciais de 25/17, 25/22 e 25/20. O ponto positivo é que o Egito em momento algum ameaçou – o que era de se esperar, mediante a diferença de qualidade entre as duas equipes. O detalhe importante a se observar é que o Brasil cometeu alguns erros bobos em todos os fundamentos (saque, ataque, passe e defesa) e que tais falhas contra uma equipe mais gabaritada certamente vai representar dificuldades para a seleção.

Problema nas pontas

A seleção brasileira chegou às finais das últimas quatro edições do Mundial. A equipe foi campeã em 2002, 2006 e 2010, com um vice em 2014 diante da fortíssima Polônia, a vencedora de então. Mas talvez seja necessário reconhecer que a atual formação brasileira seja a que ofereça mais dúvidas aos seus torcedores. Este Mundial, aliás, como um todo, está trazendo a impressão de que não há favoritos, e que o Brasil faz parte de um pacote de equipes que brigam para compor a semifinal com Rússia, Estados Unidos e França, as três grandes potências do momento.

Muitos dos convocados são desconhecidos do grande público, e é um fato reconhecer que o Brasil não põe medo nos adversários como antigamente. Os levantadores são Bruninho e William; os opostos desta vez são Wallace e Evandro. Os demais jogadores são os centrais Lucão, Maurício Souza, Éder e Isac, os ponteiros Lipe, Lucas Lóh, Douglas e Kadu, e os líberos Thales e Maique.

Contra o Egito, o Brasil começou com Bruninho, Wallace, Isac, Lucão, Kadu e Douglas, com Thales como líbero. A ideia inicial foi poupar o ponteiro Lipe, que segue com dores no cotovelo e só deve atuar nas partidas mais importantes. O compromisso contra a França certamente será um deles. Renan nem terá muito tempo para preparar a equipe, pois o duelo ocorre já às 14h30 (de Brasília) desta quinta (13), também na cidade de Ruse.

Os maiores destaques da seleção brasileira foram Wallace e Douglas, com 12 pontos cada um. A eficiência no saque chamou a atenção de maneira positiva, enquanto a quantidade de bloqueios dos egípcios também acabou surpreendendo quem viu a partida. É de se esperar que o Brasil tenha realmente uma outra opção de ataque com Lipe em quadra, pois Bruninho se viu sem muito repertório em alguns momentos diante do frágil Egito.

Potências estréiam bem

O Mundial é uma competição longa e que deve exigir realmente o máximo das equipes mais fortes somente da segunda fase em diante. São 24 seleções, e a atual edição deve colocar um terço delas com chances de brigar pelas semifinais.

O grande jogo da competição até aqui foi a apertada vitória dos Estados Unidos sobre a Sérvia por 3 sets a 2, com o tie-break sendo decidido por 15/10 em favor dos americanos. A Sérvia, como demonstrou, terá chances de ir longe nesta competição.

A surpresa negativa foi a derrota da Argentina para a Bélgica por 3 sets a 1 – esperava-se que os argentinos fossem capazes de demonstrar mais qualidade logo de cara. Adversária do Brasil nesta terça, a França arrasou a China por 3 a 0, enquanto a Itália fez o mesmo com o Japão, assim como a Rússia, que impôs o seu favoritismo sobre a Austrália para também ganhar pela contagem máxima.

Como será o Mundial de Vôlei Masculino na Itália e Bulgária

Período: de 9 a 30 de setembro
  • Grupo A – Argentina, Bélgica, Eslovênia, Itália, Japão e República Dominicana
  • Grupo B – Brasil, Canadá, China, Egito, França e Holanda
  • Grupo C – Austrália, Camarões, Estados Unidos, Rússia, Sérvia e Tunísia
  • Grupo D – Bulgária, Cuba, Finlândia, Irã, Polônia e Porto Rico

Sistema de disputa

Cada seleção enfrenta as adversárias do seu grupo, e as quatro melhores avançam para a segunda fase (carregando os resultados da primeira como critério de desempate). Os países dos grupos A e C formam um outro grupo, assim como os do B e D.

Os líderes de cada uma dessas chaves subsequentes seguem na disputa, assim como os dois melhores segundos colocados no geral. Vem então a última fase de grupos, com os dois melhores de cada chave avançando às semifinais e à decisão.

Jogos do Brasil na 1ª fase

Quarta-feira, 12 de setembro
  • 13:00 – Brasil 3×0 Egito
Quinta-feira, 13 de setembro
  • 14:30 – Brasil x França
Sábado, 15 de setembro
  • 14:30 – Brasil x Holanda
Segunda-feira, 17 de setembro
  • 14:30 – Brasil x Canadá
Terça-feira, 18 de setembro

11:00 – Brasil x China