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Mundial de Surfe em Saquarema: Medina vence bateria de brasileiros e avança à terceira rodada

Mundial de Surf em Saquarema
Foto: Silvana Lima

Depois do cancelamento no sábado, em função da ausência de ondas, disputa no feminino foi retomada no domingo com ótima performance de Silvana Lima, que passou na repescagem; Tatiana Weston-Webb garantiu classificação na sexta

*enviado especial, em Saquarema

A previsão das ondas se confirmou e os homens finalmente caíram no mar, na manhã desta segunda-feira (14), em Saquarema, onde acontece a 4ª etapa do Mundial de Surf (WCT). Diferente dos dois três primeiros dias de disputa, realizados na praia de Itaúna, a competição precisou ser deslocada para a Barrinha, local em que os surfistas estão conseguindo se beneficiar da formação de tubos. Um dos pontos altos do dia foi a bateria formada por três brasileiros e que teve como vencedor o astro Gabriel Medina, campeão mundial em 2014.

 

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Medina deu show e conseguiu duas ondas com pontuação elevada (7,10 e 7,07). Durante a quinta bateria, Alejo Muniz liderou na maior parte do tempo, mas acabou ficando atrás, também, de Jessé Menses (13,43) – Muniz terminou com 12,86 pontos.

Até o momento, os brasileiros estão mandando muito bem. Na bateria que abriu a primeira rodada, Filipe Toledo teve uma disputa acirradíssma com o japonês Kanoa Igarashi. Toledo venceu com 13,70 pontos, enquanto Igarashi fez 13,07; Ian Gouveia ficou em terceiro com 9,73. Na sequência, foi a vez de Miguel Pupo levar a torcida à loucura com uma ótima atuação que garantiu a permanência dele na competição com 13,10. Ele ficou à frente do sul-africano Jordy Smith (10,66) e do compatriota Tomas Hermes (8,23).

Na terceira bateria, Wade Carmichel (AUS) ganhou do também australiano Owen Wright, quando o brazuca Wiggolly Dantas terminou com o terceiro lugar e, assim, eliminado da disputa. Outra bateria titânica foi a de número quatro, quando o atual bicampeão do mundo, o havaiano John Johh Florence, mesmo com uma onda de 9,10 pontos, foi superado pelo australiano Mikey Wright, que foi vitorioso com o somatório de 14,83, menos de um ponto sobre Florence (13,93) – Joan Duru (FRA) foi o terceiro com 10,93.

Ainda nesta segunda-feira (14), estão previstas mais sete baterias, com destaque para as presenças do brasileiro Ítalo Ferreira, líder do circuito, e também de Adriano de Souza, o Mineirinho, campeão mundial em 2015 e atual vencedor da etapa de Saquarema do WCT.

 

Silvana Lima vence respescagem

Nos três primeiros dias, apenas as mulheres encaram o mar de Saquarema, que deu ondas razoáveis na sexta-feira (11), mas impediu a continuidade das baterias no dia seguinte, já que o mar ficou completamente flat. Na abertura do campeonato, a gaúcha radicada no Havaí Tatiana Weston-Webb avançou direto às quartas de final depois de conseguir 13,16 pontos, o suficiente para ficar à frente da australiana Keely Andrew, com 7,30, e da francesa Johanne Defay, com 5,80.

No domingo (13), Defay superou a brasileira Taís Almeida, de Saquarema, na repescagem. No entanto, a cearense Silvana Lima, que havia caído na segunda bateria – vencida pela havaiana Carissa Moore (7,67) –, eliminou a australiana Bronte Macaulay. Com ótimo aproveitamento das ondas, Silva fez 12,17 contra 8,77 de Macaulay. Na próxima fase, Silvana terá uma bateria duríssima formada por Lakey Peterson (EUA) e Johanne Defay (FRA).

 

Tatiana Weston-Webb dá mostras de que poderá lutar pelo título em Saquarema

No caso de Tatiana Weston-Webb, as próximas adversárias serão Carissa Moore e Sage Erickson, da Suécia. Tatiana fez a segunda melhor apresentação da primeira fase do Rio Women’s Pro, quando foi muito superior em relação a Andrew e Defay, vice-campeã em Saquarema no ano passado. A pontuação de Weston-Webb só não foi superior que as marcas alcançadas por Moore, no confronto anterior, que atingiu a pontuação de 13,67, com notas 7,67 e 6,00.

O resultado de Tatiana teve um sabor mais que especial, já que foi a primeira vez que ela defendeu o Brasil em uma competição da World League of Surf (WSL). A decisão de não mais utilizar a bandeira do Havaí em seu uniforme tem relação direta com o sonho olímpico.

“Eu fui criada na ilha Kauai (Havaí) e pra mim foi uma decisão superdifícil mudar de nacionalidade. Como o Havaí não será representado nas Olimpíadas e eu quero muito participar do maior evento esportivo do mundo, então achei melhor mudar. A torcida aqui é fenomenal, sempre me senti muito bem aqui e poder representar o Brasil nas Olimpíadas vai ser um sonho”, declarou.

 

2ª rodada do feminino

  • Bateria 1: Tyler Wright (AUS); Sally Fitzgibbons (AUS) e Keely Andrew (AUS)
  • Bateria 2: Stephanie Gilmore (AUS); Nikki Van Dijk (AUS) e Caroline Marks (EUA)
  • Bateria 3: Lakey Peterson (EUA); Johanne Defay (FRA) e Silvana Lima (BRA)
  • Bateria 4: Carissa Moore (HAV); Tatiana Weston-Webb (BRA) e Sage Erickson (SUE)