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McGregor: ataque a ônibus do UFC, problema com a polícia e suas consequências reais

Foto: Divulgação/UFC

Se a última notícia que você leu sobre o UFC 223 foi no início da semana, você precisa se sentar. Um verdadeiro roteiro bizarro foi desenhado para talvez a semana mais louca da história do Ultimate. E além de ter o adversário trocado quatro vezes, Khabib Nurmagomedov se deparou com um furacão chamado Conor McGregor antes da luta. O irlandês conseguiu ser o destaque negativo em uma semana que muita coisa deu errado na maior organização de MMA do mundo. Depois de atacar um ônibus do UFC, McGregor feriu dois lutadores, derrubou três lutas do evento e acabou preso por algumas horas. O ex-campeão do UFC passou dos limites da falta de disciplina de uma forma absurdae inimaginável.

No início da semana, quando tudo ainda estava em seu lugar, Khabib Nurmagomedov “enquadrou” Artem Lobov no hotel onde ambos estavam hospedados. Lobov é amigo de Conor e foi cobrado por declarações feitas sobre Nurmagomedov. Foi o suficiente para fazer McGregor pegar um avião para Brooklyn, Nova York (EUA), é ir à caça de Khabib. Depois de invadir junto a uma gangue de cerca de dez pessoas (incluindo Lobov) o Media Day do UFC 223, Conor encontrou o ônibus do UFC onde estava Nurmagomedov. Sem pensar duas vezes, ele cercou o veículo e arremessou um carrinho que quebrou uma das janelas do ônibus. O ataque feriu Michael Chiesa e Ray Borg, que estavam escalados para o show e acabaram impossibilitado de lutar no evento, além de assustar os passageiros.

Horas depois, McGregor teve um mandado de prisão expedido, se entregou à polícia de Nova York, onde ficou detido por horas, ouviu as três acusações as quais terá de responder em liberdade e pagou uma fiança de USS 50 mil. A multa saiu barata pra um cara do poder aquisitivo dele, mas as consequências legais podem ser pesadas. E nada mais justo.

McGregor passou de todos os limites. Promover rivalidade e desenvolvê-las é um talento nato do irlandês. Mas há limite para tudo nessa vida. E que esse caso de polícia ensine a Conor ter mais respeito ao próximo. O direito dele acaba quando começa o do próximo. Colocar a integridade física de atletas que estão trabalhando em risco é inaceitável. Ninguém ali tinha nada com a raiva dele por Nurmagomedov.

Que o UFC, a justiça e os lutadores que irão processá-lo possam lhe oferecer a lição que ele merece. Conor McGregor é um ícone do esporte, mas não pode passar dos limites como o fez. É o cúmulo da arrogância e da soberba agir de tal forma e achar que nada vai lhe acontecer. Ele não é maior do que o evento e a modalidade. Conor tem seu valor e seu poder – ambos são gigantes – mas certas coisas não tem cabimento. Agir como um “trombadinha” pega mal, é feio, principalmente para um cara que tem um filho (!) de menos de um ano.

Pior é pensar que tudo aconteceu em Brooklyn, Nova York. Quem acompanha MMA há pelo menos cinco anos sabe o quanto foi difícil o ingresso da modalidade no estado. Esse episódio de McGregor só prejudica a defesa contra aqueles que tentam retomar os tempos de MMA ilegal no estado.

Que cenas ridículas como a protagonizada por Conor McGregor e sua gangue passem longe do esporte. MMA é muito maior do que apenas um astro indomável. MMA é respeito, é disciplina!