Tênis

Favoritismo de Federer, grandes expectativas em torno de Rafael e Djokovic e desistência de Murray abrem Wimbledon 2018

Roger Federer
Foto: Clive Brunskill/Getty Images

Após vice-campeonato em Halle, suíço chega com a responsabilidade de defender o título de GS, que pode ser o de número nove no All England Club; correndo por fora, espanhol e sérvio podem igualar as forças se sobrevirem às rodadas iniciais 

Tudo bem que o planeta só respira a Copa do Mundo com o torneio na Rússia. Afinal, é impossível não acompanhar os melhores jogadores do mundo em um campeonato que acontece a cada quatro anos, não é?! A sequência das oitavas de final, que tem nesta segunda-feira (3 de julho) o jogo do Brasil contra o México, às 11h, como pano de fundo, marca a estreia de uma outra importante competição. Mas neste caso, muda-se a bola, o campo e os atletas. Estamos falando de Wimbledon, tradicional competição de tênis disputada na grama sagrada do All England Club, que vai para sua 132ª edição. Até o dia 15 de julho, data da também final do Mundial – acredite se quiser -, teremos os principais tenistas da ATP lutando pelo título do segundo Grand Slam do ano, que tem como favorito o veterano Roger Federer e ainda nomes Rafael Nadal, Novak Djokovic, Marin Cilic, entre outros.

 

Favoritos

O favorito ao título desta temporada é o tenista que fará o primeiro jogo na quadra central logo mais e que é atual detentor do troféu da competição. É Roger Federer, que abre sua participação em Wimbledon nesta segunda-feira contra o sérvio Dusan Lajovic, número 58 do mundo.

Aos 36 anos, o suíço, que hoje ocupa a segunda posição no ranking da ATP, vai em busca de sua 21ª taça de GS. Atual octacampeão do torneio, o Maestro chega motivadíssimo para se aproximar de uma marca centenária, já que são 99 troféus acumulados ao longo da carreira.

O 100º troféu poderia até vir em Wimbledon, onde Federer tem um carinho especial pela competição. Mas isso não será possível pois o suíço caiu na decisão do ATP 500 de Halle, há uma semana, quando foi surpreendido pelo jovem croata Borna Coric. Antes disso, ele havia ficado com o título do ATP 250 de Stuttgart. Sem convencer até agora na curta jornada na grama, o Maestro precisará mais do que nunca utilizar toda sua experiência para vencer as adversidades e se sagrar campeão.

Quem também chega com grande expectativa é Rafael Nadal. Apesar de não ter disputado nenhum torneio de nível ATP na grama, o Touro Miúra é cotadíssimo para alcançar o tricampeonato (venceu em 2008 e 2010) na Grã-Bretanha. Vindo do 11º título de Roland Garros, o atual número 1 do mundo tem a confiança elevada para pelo menos avançar às oitavas de final, fase na qual não aparece desde 2011. Ele pega o israelense Dudi Sela na estreia.

Outro que tem tudo para fazer ótima apresentação em Wimbledon é Novak Djokovic. O ritmo de jogo após cirurgia no cotovelo, que o rendeu todo o segundo semestre de 2017 e parte de 2018 fora das quadras, demorou mais do que o esperado, mas o ex-líder do ranking da ATP está a cada dia mais afiado. É só vermos o vice-campeonato conquistado em Queens, na semana retrasada, quando jogou de igual para igual com o croata Marin Cilic. Um resultado imponente no All England Club, que pode significar o fim da seca de um ano sem taça, é tudo o que o sérvio precisa para recuperar o seu prestígio. O tricampeão (2011, 2014 e 2015) pega na primeira rodada o estadunidense Tennys Sandgren, uma das surpresas do Aberto da Austrália de 2018.

O Big Four tinha tudo para ser completado com Andy Murray. Depois de ficar praticamente um ano longe das quadras, recuperando-se de uma grave lesão no quadril, o britânico retornou ao circuito há duas semanas, em Queens, e era esperado para jogar em “casa”, onde venceu nos 2013 e 2016. Mas sua condição física para enfrentar jogos de cinco sets ainda não é ideal e, ele, infelizmente, ficará de fora.

 

Para ficarmos de olho

Atual vice-campeão de Wimbledon e vindo do título em Queens, Marin Cilic pode ser uma boa aposta para aqueles que querem fugir das mesmices de Federer, Nadal e Djokovic. Dono de um saque potente e de um forehand danoso aos adversários, o croata é candidato há pelo menos chegar às semifinais, onde poderia reviver o duelo com o suíço.

O serviço também é uma importante arma de Alexander Zverev. Depois de acabar com o fantasma das oitavas de GS, chegando até as quartas de final de Roland Garros, o alemão terá a oportunidade de mostrar a boa fase no ano – ganhou o Masters 1000 de Madrid e o ATP 250 de Munique.

Apesar dos resultados passados em Wimbledon não o credenciarem entre os postulantes ao título – chegou às semifinais em 2013, mas perdeu nove GS consecutivos por conta de três cirurgias no punho – Juan Martin Del Potro também merece toda a nossa atenção. O argentino, atual cabeça de chave número 5, chegou a ficar 15 jogos invictos na temporada, entre as vitórias do ATP 500 de Acapulco, Masters 1000 de Indian Wells e as semis de Miami.