Mundial Masculino de Basquete

Eliminatórias do Mundial Masculino de Basquete: depois de perder para a Venezuela, Brasil agora visita a Colômbia em Medellín

Seleção de Basquete Masculino
Foto: Divulgação/Site Oficial CBB

 Seleção do técnico Aleksandar Petrovic vinha invicta até o tropeço sofrido na semana passada em Caracas

O Brasil não tem o que se preocupar: o compromisso desta segunda-feira (2) nas Eliminatórias para o Mundial Masculino de Basquete não promete ser dos mais difíceis. A equipe enfrenta a Colômbia em Medellín, no Ginásio Ivan de Bedout. A partida começa às 18h (de Brasília) e será mostrada ao vivo pelo Esporte Interativo.

E por que falamos que o jogo não promete maiores dificuldades? Porque ambas se enfrentaram em fevereiro e foi um verdadeiro massacre para o Brasil, que venceu por 84×49 em Goiânia. A Colômbia, de fato, está com desempenhos interessantes em diversas modalidades, mas a sua preferência esportiva passa longe dos aros e dos garrafões.

No que diz respeito ao Brasil, a seleção já venceu Chile (duas vezes), Colômbia e Venezuela, mas a invencibilidade sob o comando do técnico croata Aleksandar Petrovic terminou na sexta-feira passada (29), quando o Brasil perdeu para a Venezuela por 72×56 em Caracas.

 

Líder mesmo assim

A derrota não mexeu na liderança brasileira nesta fase. A equipe segue à frente das demais seleções que está enfrentando nesta primeira classificação do intricado sistema de disputa das Eliminatórias (entenda melhor abaixo). O Brasil, porém, precisa tomar cuidado com a má pontaria: contra a Venezuela, só acertou 36% dos tiros de quadra, obtendo ainda menos (5/25) nos chutes de fora.

O mais preocupante foi que o técnico Petrovic mudou bastante a equipe e não encontrou saídas – mesmo contando com um elenco mais renomado e com jogadores de destaque como Varejão, Huertas, Scott Machado e Vitor Benite.

A preocupação de Petrovic desde que assumiu a seleção foi com a defesa, porque o ataque brasileiro, historicamente, sempre funcionou. Ele vai precisar de ajustes a partir de agora. “Quero parabenizar o time venezuelano que fez uma grande partida. Nos dois primeiros ataques eles pegaram quatro rebotes e percebi que teríamos problemas físicos”, analisou o treinador. “Sentimos muito o desgaste porque perdemos uma noite de descanso viajando, e só conseguimos ter três ou quatro treinos com todos os jogadores. Tivemos um aproveitamento muito baixo nos arremessos de quadra, mas nada disso serve como desculpa. A Venezuela fez uma grande partida e mereceu a vitória.”

 

Felício fora

O técnico segue sem poder contar com o pivô Cristiano Felício para as Eliminatórias. Seria um reforço realmente muito importante, mas ele não tem previsão de se juntar ao grupo. Felício sairia de Chicago no dia 19, a caminho de Campinas, onde a seleção treinou para esta fase, mas a Confederação Brasileira foi informada pela NBA de que a empresa responsável pelo seguro do jogador do Chicago Bulls indicou restrições na apólice contratada. Felício não estaria 100% coberto ao defender a seleção e, por esse motivo, acabou não sendo liberado pela franquia para os treinamentos.

A seguradora contratada condicionou a liberação do atleta ao pagamento adicional de R$ 1,2 milhão, um dinheiro que é realmente exorbitante para a CBB. Espera-se que o atleta, a franquia e a confederação consigam destravar esta situação para os próximos compromissos do Brasil.

 

Como é o sistema de disputa

A classificação para o Mundial agora é obrigatória para brigar pela presença na Olimpíada. Ao todo, as 16 equipes das Américas disputam sete vagas para o Mundial que será realizado em 2019 na China.

O formato criado pela Fiba (a Federação Internacional de Basquete) incomodou a NBA e a Euroliga. As Eliminatórias ocorrem em “janelas”, em um sistema semelhante às “datas Fifa” para os amistosos. Tal mudança fez com que os clubes mais tradicionais tanto da Europa quanto dos Estados Unidos se fechassem e se recusassem a liberar os seus atletas.

As eliminatórias são jogadas sempre nessas “janelas”, e a atual é a terceira de um total de seis. A próxima será em setembro, com a última ocorrendo em fevereiro.

No total, 32 seleções vão disputar o Mundial da China, com apenas o país-sede tendo vaga garantida. As participantes estão distribuídas desta forma: 12 na Europa, 5 na África, 7 na Ásia/Oceania e 7 nas Américas.

Na seletiva das Américas, as seleções são divididas em quatro grupos de quatro países. Cada time se enfrenta em turno e returno, e os três melhores seguem à segunda fase, com dois novos grupos (E e F) sendo formados com seis países, cada. As equipes carregam os resultados da fase inicial e não enfrentam os mesmos rivais. Os três melhores de cada chave, assim como o quarto melhor classificado no geral, se classificam para o Mundial da China.

 

Eliminatórias para o Mundial Masculino de Basquete 2019

  • 02/julho – 18:00 – Colômbia x Brasil – Palpite: Brasil