Tênis

De favoritismo de Nadal a surpresa com Djokovic e possível bi de Zverev, Masters 1000 de Roma entra na reta decisiva

Rafael Nadal
Foto: Julian Finney/Getty Images

Após perder a liderança do ranking com queda em Madrid, espanhol precisa vencer torneio italiano para recuperar o posto; sérvio segue de olho em um grande resultado para confirmar sua “volta” ao circuito, enquanto alemão busca o segundo título consecutivo

O último Masters 1000 antes da disputa de Roland Garros vai entrando em sua reta decisiva com quase todos os principais postulantes ao título vivos no Foro Itálico. Estamos falando do torneio em Roma, que conta atualmente com as presenças de Rafael Nadal, Novak Djokovic, Juan Martin Del Potro e Alexander Zverev nas oitavas de final. Por outro lado, Dominic Thiem, que foi o responsável por derrubar a marca de 21 vitórias consecutivas do Touro Miúra no saibro, durante o Masters 1000 de Madrid, já disse adeus à competição italiana ao perder para o anfitrião Fabio Fognini na estreia. Feito isso, quem irá faturar o torneio que antecede o segundo Grand Slam do ano? Se liga só nas principais informações do mundo da bolinha na terra do Papa.

 

Meta: liderança

Muitos ainda tentam digerir a derrota de Rafael Nadal nas quartas de final de Madrid. Seja pelo fato de o espanhol estar jogando um tênis extremamente sólido em quadra ou por até então estar pulverizando um novo recorde a cada semana, o revés do Touro Miúra para o austríaco Dominic Thiem na capital espanhola pegou muita gente de surpresa.

Além de interromper a sequência de 50 sets vencidos de forma consecutiva e de 21 vitórias na terra batida, o tenista de 31 anos perdeu a liderança do ranking da ATP para Roger Federer. De volta às quadras nesta semana, Nadal pode recuperar o posto se conquistar o Masters de Roma pela oitava vez na carreira. A diferença para o suíço na classificação é de 720 pontos. Isso significa que uma vitória do espanhol, que vale 1000 pontos, seria o suficiente para voltar à primeira posição.

Depois de não dar chances ao bósnio Damir Dzumhur, 31º colocado no ranking, na estreia, Nadal encara a sensação canadense Denis Shapovalov (29º), que já venceu o tcheco Tomas Berdych e o holandês Robin Haase no certame. No único confronto entre ambos, vitória de Shapovalov na Rogers Cup de 2017.

 

Ganhando gás

O “retorno” de Novak Djokovic tem sido mais demorado do que o esperado, mas o sérvio continua firme tentando encontrar seu velho e letal tênis que o consagrou como melhor do mundo e um dos principais tenistas de todos os tempos. Convivendo com um jejum de quase um ano sem levantar uma taça – o último troféu foi o ATP 250 de Eastbourne, na temporada europeia na grama – , o tetracampeão de Roma vem de dois resultados importantes na terra do Papa: vitórias tranquilas e sem perder nenhum set sobre o ucraniano Alexander Dolgopolov e o georgiano Nikoloz Basilashvili.

Agora, Djoko tem um bom adversário para confirmar sua nova fase: o espanhol Albert Ramos-Vinolas. O adversário, que perdeu todos os cinco confrontos disputados entre ambos, incluindo dois no saibro, vem de importante triunfo sobre John Isner, campeão do Masters 1000 de Miami desde ano.

 

O bi

Dominic Thiem recebeu boa parte da atenção da mídia ao acabar pelo segundo ano consecutivo com a invencibilidade de Rafael Nadal na terra batida. Depois de vencer o espanhol em Roma, em 2017, o austríaco voltou a aprontar diante do multicampeão, mas desta vez em Madrid. O fato é que sua performance diante do Touro Miúra ganhou mais status do que o título de Alexander Zverev, que bateu o próprio oitavo colocado no ranking da ATP na final madrilenha.

Falando no alemão, o tenista de 21 anos é sim um dos principais postulantes ao título na capital italiana. Para quem não se lembra, Zverev é o atual campeão do torneio ao bater Novak Djokovic na decisão passada. Terceiro colocado atualmente no ranking, o garoto vem de 10 vitórias consecutivas no ano e já venceu o ATP 250 de Munique e Madrid. Ele pega nas oitavas o britânico Kyle Edmund, carrasco de Djoko na semana passada, e que chega para o confronto de logo mais após salvar break-point diante do francês Lucas Pouille.

 

Pegando “cancha”

Depois de conquistar os torneios de Acapulco e Indian Wells em piso duro na temporada, Juan Martin Del Potro segue tentando se adaptar ao saibro antes de sua estreia em Roland Garros. Se em Madrid ele decepcionou ao cair logo nas oitavas de final para o sérvio Dusan Lajovic, 95º colocado no ranking, a situação pode ser diferente em Roma. O argentino (número 6 do mundo) precisa da vitória contra o belga David Goffin para ganhar “cancha” e poder fazer um duelo de alto nível com Zverev nas quartas de final.