Vôlei

Às vésperas do Mundial, o que as derrotas para os EUA significam para a seleção feminina de vôlei?

Jogadoras da Seleção Brasileira de Vôlei Feminino
Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV

Comandadas por José Roberto Guimarães ainda sofrem com o desentrosamento, mas equipe tem tudo para melhorar com as entradas de Natalia e Fe Garay

A seleção feminina de vôlei deixou uma impressão um tanto quanto negativa com duas derrotas seguidas para os Estados Unidos em dois amistosos realizados na semana passada. Na primeira partida, em Brasília, os EUA ganharam por 3 sets a 1 (25/19, 25/18 e 25/16). Na segunda, em Uberaba (MG), o tropeço foi ainda maior com uma derrota por 3 sets a 0, parciais de 29/27, 25/23 e 25/18.

José Roberto Guimarães terá tempo para ajustar a equipe na preparação para o Mundial, que será disputado no Japão entre os dias 29 de setembro e 20 de outubro. E este tempo deve ser bem aproveitado a partir de já. O Brasil volta a encarar os Estados Unidos em dois amistosos – o primeiro deles, nesta quinta (16), em Uberaba, às 20h (de Brasília). O segundo, no Maracanãzinho, no domingo (19), às 19h30. O SporTV 2 transmite os dois jogos ao vivo.

Longo caminho até o Japão

O Brasil sacou mal nas duas partidas que fez diante dos Estados Unidos e foi envolvido pela jovem seleção norte-americana, que testou várias jogadoras que vinham sem experiência prévia com a equipe nacional. Para José Roberto Guimarães, o principal fator a ser buscado nessas partidas é uma evolução constante nos fundamentos, e isso ocorreu entre uma partida e outra.

“Tivemos alguns erros cruciais em momentos do jogo que tivemos chances e que custaram a vitória. Temos alguns ajustes a serem feitos ainda, tivemos dificuldades no passe, cedemos alguns pontos quando tínhamos o contra-ataque, mas já vi uma melhora no volume de jogo, e acredito que na terceira partida desta série apresentaremos mais evolução”, analisou.

Foi interessante ver também o retorno de Dani Lins, que voltou à seleção depois de ser mãe no ano passado.

“Este foi o meu primeiro jogo depois de 13 meses praticamente parada, mas foi um jogo bom. Ainda estamos buscando o entrosamento, e eu principalmente. A gente vai aprendendo a cada jogo, acho que vamos evoluindo. Vamos estudar este jogo de hoje para melhorarmos nosso padrão, queremos jogar com velocidade, como as próprias americanas, mas vamos melhorando a cada partida”, disse.

Além de Dani Lins como levantadora titular, o técnico colocou também a ponteira Rosamaria e a central Carol no lugar de Gabi e Adenízia. É provável que tais mudanças sigam nas próximas partidas diante das americanas.

Calor mineiro

O fato de Uberaba receber mais um amistoso da seleção feminina reforça o vínculo que a equipe tem o público mineiro, sempre um dos mais receptivos à modalidade, seja nas cidades menores e seja no tradicional Mineirinho. “É sempre muito bom jogar no Brasil. A partida sendo no meu estado é ainda melhor”, falou Adenízia, uma das mineiras do grupo.

“A torcida de Uberaba tem nos tratado com muito carinho e acredito que o público comparecerá em bom número no próximo jogo. Essas partidas contra os Estados Unidos são muito boas para o nosso grupo. Estamos vendo onde precisamos melhorar contra um adversário de muita qualidade. Acredito que vamos evoluir a cada duelo.”

“Os mineiros gostam muito de vôlei e são sempre muito calorosos”, falou a ponteira Gabi. “Para nossa equipe esses jogos são muito importantes. Sabemos que precisamos evoluir e estamos nos adaptando a velocidade de jogo dos Estados Unidos. O fato de estarmos trocando bastante as jogadoras também é fundamental para ganharmos ritmo de jogo.”

O Brasil ainda espera pela chegada de Fe Garay e Natália. A primeira pediu dispensa da seleção para focar em sua vida pessoal e está em um ritmo mais moderado de treinos, enquanto a segunda se recupera de uma tendinite crônica no joelho.

O Mundial do Japão terá 24 seleções e quatro grupos de seis países. O Brasil está na chave D, ao lado de Cazaquistão, Porto Rico, República Dominicana, Sérvia e Quênia. As quatro primeiras colocadas de cada grupo avançaram à fase seguinte.

Na segunda fase, com os times carregando os resultados da primeira, serão oito seleções divididas em dois grupos, com as três melhores avançando para a última fase de grupos, com duas chaves de três seleções, com as duas primeiras passando para a semifinal, com as ganhadoras se enfrentando na decisão.

Amistosos da seleção feminina de vôlei

Quinta-feira, 16 de agosto
  • 20:00 – Brasil x EUA – Palpite: EUA
Domingo, 19 de agosto
  • 19:30 – Brasil x EUA – Palpite: Brasil