Brasileirão Série B

O que o Inter precisa fazer para subir para a Série A?

Foto: Ricardo Duarte/SCI

Dez rodadas (ou 30 pontos) já foram disputadas. Restam 28 e o Inter tem tudo para subir.

A segunda divisão era só um pesadelo no final de 2016. Hoje, ela é a realidade para torcedor, elenco e diretoria do Colorado. Muito mais difícil na prática do que na teoria, os gaúchos superaram o mar revolto e se encontram dentro do G-4, a zona de promoção à elite do ano que vem.

 

Inter se impõe contra os piores

O Saci-Pererê já encarou dois dos quatro integrantes do Z-4. Os gaúchos ganharam os seis pontos disputados contra Figueirense (2 a 1 em Florianópolis) e Náutico (4 a 2 no Beira-Rio). Isso quer dizer pouca coisa, já que catarinenses e pernambucanos estão com um pé na terceirona, pois parecem sem rumo, em crise financeira e com atletas insatisfeitos e de nível técnico muito baixo. Deste grupo, os vermelhos ainda precisam jogar contra Oeste e Luverdense neste primeiro turno.

 

Empates no pelotão de cima

No dérbi gaúcho contra o Juventude no Beira-Rio, tivemos uma igualdade em 1 a 1. O placar se repetiu quando os comandados de Guto Ferreira atuaram contra o América-MG, em Belo Horizonte. Ainda nas primeiras 19 rodadas do Brasileirão, o time precisará encarar Vila Nova, em Goiânia, e Guarani, em Campinas.

 

Problema está no “bololô”

Se o atual vice-campeão estadual consegue bater as agremiações mais fracas e segura empates contra os melhores quadros, é óbvio concluir que o problema de desempenho do Internacional aparece quando encara os rivais do meio da classificação.

Sua única derrota na liga aconteceu quando encarou o Paysandu, em Belém. Muitos pontos foram perdidos nos empates contra Santa Cruz (0 a 0 em Recife), Paraná (0 a 0 em casa) e ABC (1 a 1 em domicílio). Os êxitos aconteceram contra o Brasil (1 a 0 em Pelotas) e Londrina (3 a 0 no interior do Paraná). Falta ainda enfrentar Ceará, Goiás, Criciúma, CRB e Boa.

 

O que o torcedor pode esperar daqui para frente?

A nação colorada tem protestado em casa. É preciso ter paciência com a diretoria da instituição. A segundona é algo novo na vida do clube. Ainda restam 84 pontos a serem disputados e o Inter fechou as primeiras dez rodadas dentro do G-4. Se o troféu está indo para outro participante, pelo menos o retorno imediato à elite está sendo alcançado.

Há um clima de otimismo quanto ao futuro desta equipe na competição. O primeiro deles é que os jogadores já perceberam que o segundo nível não é tão fácil quanto parecia ser. Pés no chão, humildade e trabalho sério são as receitas para que o plantel cresça e supere seus oponentes.

O Colorado é o melhor forasteiro desta edição da segunda divisão. Se tivesse o mesmo desempenho diante de seu torcedor, seria líder. Tenho certeza que é possível aumentar o percentual de pontos conquistados dentro do Beira-Rio e fazer com que os protestos e xingamentos contra o quadro cessem.

Também é com bons olhos que vejo a chegada de Guto Ferreira. Campeão do Nordestão desta temporada pelo Bahia, o treinador ganhou esta semana exclusiva para treinos antes de pegar o Boa. Não quero dizer que Antonio Carlos Zago era incompetente, mas ele vinha desgastado por ter perdido o título do Gauchão.

Pode parecer estranho mas ter sido eliminado da Copa do Brasil é uma boa coisa para os porto-alegrenses. Sem outra competição em andamento, o Inter estará em igualdade de condições com seus concorrentes. Todos já encerraram suas participações nos torneios regionais e estaduais. Tudo bem que Marcelo Cirino e companhia ainda têm a Primeira Liga pela frente. Mas aí, cabe à comissão técnica mandar a campo jogadores que não estão sendo utilizados.

Dentro das quatro linhas, Guto gostou de deixar D´Alessandro livre para criar. Para isso acontecer, ele se convenceu de que precisa escalar três volantes para protege-lo. O plantel ganhará um reforço interno a partir de agora. Victor Cuesta não sente mais dores e precisa apenas recuperar a sua velha forma física para voltar a participar das pelejas.

 

Próximo compromisso: Boa

Às 16h30 de sábado, o Internacional dará as boas-vindas ao Boa. A Coruja, que conseguiu o acesso à 1a divisão de Minas Gerais este ano, é um dos mais fortes candidatos a terminar 2017 rebaixado.

Julinho Camargo não resistiu ao mau começo de seu clube no certame e foi demitido. A representação de Varginha ainda não contratou um substituto. Contra o ABC, Nedo Xavier trabalhou interinamente à beira do gramado. Melhor posicionado na defesa e eficiente no ataque, os mineiros conseguiram ser melhores que o ABC. O resultado de 2 a 1 tirou o Boa do Z-4.

 

Jogos da 11ª Rodada do Brasileirão Série B:

Terça-feira, 27 de junho:

  • 19h15: Juventude x Goiás
  • 21h30: Figueirense x Londrina

Sexta-feira, 30 de junho:

  • 19h15: Paysandu x Luverdense
  • 20h30: Vila Nova x Criciúma
  • 21h30: Náutico x CRB

Sábado, 01 de julho:

  • 16h30: Oeste x Santa Cruz
  • 16h30: Paraná x Ceará
  • 16h30: Internacional x Boa
  • 19h00: ABC x Guarani
  • 19h00: América-MG x Brasil de Pelotas

    

Classificação:

  1. Guarani – 19 – Série A.
  2. Juventude – 19 – Série A.
  3. Vila Nova – 18 – Série A.
  4. Internacional – 17 – Série A.
  5. América-MG – 16
  6. Ceará – 15
  7. Goiás – 14
  8. Santa Cruz – 14
  9. Brasil de Pelotas – 14
  10. Criciúma – 14
  11. CRB – 13
  12. Londrina – 13
  13. Paraná – 13
  14. Paysandu – 12
  15. Boa – 12
  16. ABC – 12
  17. Oeste – 12 – Série C.
  18. Luverdense – 11 – Série C.
  19. Figueirense – 9 – Série C.
  20. Náutico – 2 – Série C.