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UFC anuncia evento no Rio de Janeiro, e terá missão complicada para casar luta principal

Foto: Divulgação/UFC

Após a realização do UFC Fight Night em Belém, ocorrido no último sábado (3), o Ultimate anunciou que o UFC 224 acontece no Rio de Janeiro, no dia 12 de maio, na Arena da Barra. Em se tratando de um evento numerado e na Cidade Maravilhosa, o show tem tudo para ser grande, reunir diversos astros da franquia e contar com duelos empolgantes para os fãs. O problema é que não será tão simples assim para a organização escalar a luta principal do evento. Eu explico.

Quando o evento é numerado – leia-se UFC 224, 225, 225 e por aí vai… – normalmente tem uma disputa de cinturão como atração principal. Como o evento acontece no Rio, nossas campeãs serão ao menos cogitadas. Cris Cyborg ou Amanda Nunes devem ser as encarregadas de encabeçar o show. Ou contra uma rival gringa ou uma contra a outra. Ambas já demonstraram interesse em fazer uma superluta brasileira, o UFC gosta da ideia, mas a questão é definir se ela acontecerá no Brasil ou nos Estados Unidos. Sem Cyborg ou Amanda, a organização teria que promover um nome brasileiro muito expressivo (que atualmente anda em falta) para liderar o evento, ou então fazer um combate entre astros estrangeiros, que seria algo inédito.

Amanda e Cyborg fariam um grande show no país. O Combate.com chegou a divulgar que as negociações para a luta no Brasil já estão em andamento. Mas como o amigo Marcelo Barone bem lembrou no Podcast MMA Ganhador que vai ao ar nesta quarta-feira, nenhuma negociação com Cyborg é tranquila. O que ela bate cabeça com a direção do Ultimate não é brincadeira. E a campeã peso-pena já havia declarado que aceitaria fazer a superluta com Amanda desde que o confronto acontecesse em um evento grandioso, como o UFC 226, em julho, que já conta com a superluta entre Stipe Miocic e Daniel Cormier pelos pesados.

Sem Cyborg e Amanda, restaria ao Ultimate lotar o show de medalhões tupiniquins. Mas não temos nomes em alta no momento. José Aldo, Vitor Belfort, Lyoto Machida, Ronaldo Jacaré… Todos tem nomes fortes, mas não vivem uma fase boa o suficiente para lotar uma arena. E estamos falando do Rio de Janeiro, onde o público é mais entendido de luta e não compra qualquer show. Não é como um evento de estreia em Belém ou alguma outra cidade nova para o UFC o Brasil. O Rio vai para sua nona edição. O público daqui já mostrou que só lota evento quando tem astros relevantes escalados.

A boa notícia é que o UFC tem talento para surpreender. Então duvido que tenhamos um evento pouco prestigiado no UFC 224. A organização deve montar um time expressivo e realizar um grande evento na Cidade Maravilhosa. O país precisa de um grande show, com bons resultados, e a direção do UFC Brasil deve usar o show no Rio de Janeiro da melhor maneira possível.

Aos menos as duas primeiras lutas já foram confirmadas para o card preliminar. Alberto Mina encara o russo Ramazan Emeev, enquanto Davi Ramos enfrenta o alemão Nick Hein.