Copa Libertadores

Palmeiras visita o Alianza Lima e já projeta: vale a pena deixar o Boca Juniors vivo na Libertadores?

Foto: SE Palmeiras/Facebook Oficial

Alviverde joga no Peru nesta quinta contra uma das equipes mais fracas da fase de grupos; a grande dúvida é o que fazer na última rodada                       

A campanha do Palmeiras nesta Libertadores da América merece muitos aplausos. O grande mérito do time comandado por Roger Machado até aqui é ter feito “o difícil virar fácil”. A equipe, afinal, soma dez pontos em quatro jogos e se classificou para as oitavas de final com duas rodadas de antecedência. E nesta quinta (3), a partir das 21h30 (de Brasília), só precisa de um empatezinho para assegurar a sua liderança neste grupo. Garantir a ponta é essencial. A Libertadores desde o ano passado sorteia os seus confrontos de oitavas dividindo em potes diferentes os times que terminarem na primeira e na segunda colocação da fase de grupos.

E aí que entra a grande dúvida que ronda a cabeça do jogador e do torcedor do Palmeiras: vai valer a pena manter o poderoso (e traiçoeiro) Boca Juniors vivo na competição?

Tudo nas mãos do Verdão

A situação do Boca é dramática. O time argentino empatou com o Junior de Barranquilla na noite desta quarta (2) por 1×1, e agora depende de uma vitória do Palmeiras sobre o time colombiano na rodada derradeira para atingir as oitavas de final. A classificação de momento é a seguinte: o Palmeiras soma dez pontos, contra sete do Junior e seis do Boca.

Dois pontos: 1) O Palmeiras precisa empatar em Lima nesta quinta para assegurar sua liderança e daí sim apenas cumprir tabela na última rodada. 2) Para passar às oitavas, o Boca precisa ganhar de qualquer jeito do Alianza Lima na Bombonera no encerramento desta chave. As duas partidas decisivas estão marcadas para o mesmo dia e horário: às 21h45 de 16 de maio, uma quarta-feira.

O dilema ético que se segue é dos mais interessantes. O Palmeiras vai estar classificado e com a liderança assegurada, e deve escalar o time mais alternativo possível para enfrentar o Junior, pois o calendário é apertado e no meio dessas rodadas da Libertadores há ainda a disputa do Brasileirão, que vai merecer uma atenção especial do clube ao menos nas semanas seguintes.

E é mesmo de se pensar que o Palmeiras, tendo a condição de eliminar o Boca indiretamente, não vai desperdiçar a oportunidade. O clube argentino em qualquer mata-mata seria um adversário duríssimo de vencer. Não dá para deixar de admitir: é melhor ter os Xeneizes fora do alcance do que como um adversário em um confronto direto.

O que ensina a história

É impossível desconsiderar que o Palmeiras nutre uma bronca enorme com relação ao Boca pelos duelos violentos ocorridos nas Libertadores de 2000 e 2001, quando o time argentino levou a melhor em ambas as ocasiões. E eram instâncias decisivas. Em 2000, o Boca foi simplesmente campeão em cima do Palmeiras no Morumbi; e em 2001, eliminou a equipe da semifinal em pleno Parque Antarctica. Outro ponto jamais digerido pelos palmeirenses era a ajuda da arbitragem, sempre camarada com aquele time do Boca.

E nem é preciso dizer que o palmeirense hoje em dia vai fazer de tudo para ver a eliminação de Carlitos Tevez, que brilhou no Corinthians e que hoje conduz as esperanças deste Boca em não ser eliminado logo de cara nesta Libertadores.

Houve uma situação idêntica a esta em 2015.

Na última rodada da fase de grupos, o River Plate precisava de uma vitória do Tigre, do México, sobre o Juan Aurich, do Peru. O Tigre fez a sua parte e venceu o Aurich por 5×4 – e mesmo no Peru. O River, assim, avançou às oitavas de final.

E o campeão daquela Libertadores foi justamente o River. E em cima do…próprio Tigre, que lamentou ter deixado escapar a oportunidade de tirar de circulação um adversário poderoso, que acabou impondo aos mexicanos um vice-campeonato dos mais indigestos.

Palpite

O Palmeiras estará bem desfalcado nesta noite no Peru. Felipe Melo, Edu Dracena, Antônio Carlos, Marcos Rocha, Guerra e Keno sequer viajaram. O time levado a campo por Roger Machado deve ser o seguinte: Jailson; Mayke, Luan, Thiago Martins e Diogo Barbosa; Moisés (Thiago Santos), Bruno Henrique e Lucas Lima; Dudu, Willian e Borja.

O Alianza Lima tem só um empate em quatro partidas e é uma equipe realmente fraquíssima. Não deve oferecer resistência ao Palmeiras. Imaginamos uma vitória tranquila da equipe brasileira: 2×0 ou 2×1, controlando todos os esforços para o que está por vir, tanto na Libertadores quanto no Brasileirão.

E você? Entregaria ou não para deixar o Boca fora?

Jogos da 5ª rodada da Libertadores da América 2018

Quinta-feira, 3 de maio

 

  • 19:15 – Racing x Universidad de Chile – Palpite: Racing
  • 21:30 – The Strongest x Libertad – Palpite: Strongest
  • 21:30 – Santa Fe x River – Palpite: River
  • 21:30 – Alianza Lima x Palmeiras – Palpite: Palmeiras