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Paixão Nacional: Vamos falar a mesma língua

Em meio a sua busca por reforços e por um substituto para Jô, o Corinthians que descartou Henrique Dourado – pelo menos até o dia 3 de fevereiro, quando um novo presidente será eleito no clube – e flertou com Gilberto (ex-São Paulo), acabou fechando questão com um “velho” (39 anos) conhecido: Emerson Sheik. O atacante, que entrou para a história do Timão na vitoriosa campanha da Libertadores de 2012, retornará ao clube com um contrato de seis meses após uma passagem medíocre pela rebaixada Ponte Preta.

A contratação, mesmo que seja para o jogador encerrar sua carreira no clube, não faz sentido. A esta altura do campeonato, Sheik não tem nada a acrescentar ao grupo do Corinthians que faz da falta de estrelas e do comprometimento coletivo a sua força. No auge, Emerson era um jogador que resolvia em campo – mas tumultuava fora das quatro linhas. Agora, em fim de carreira, é possível que tenha lhe sobrado apenas a parte do extra-campo.

A história de sua contratação fez menos sentido ainda quando o UOL divulgou que a vinda do atacante fora uma decisão unilateral de Roberto de Andrade, o presidente em fim de mandato que coleciona equívocos em sua gestão e antes dela (Alexandre Pato, quando foi diretor de futebol; Cristovão Borges, Oswaldo de Oliveira, Drogba, Gustagol, etc). O departamento de “controle de danos do Parque São Jorge agiu rápido e ontem mesmo colocou Fábio Carille e o gerente Alessandro Nunes lado a lado na coletiva para esclarecer que Henrique Dourado não vem agora – mas que após a eleição da nova diretoria isso pode mudar – que Gilberto não vem e que Sheik foi contratado, sim, com o aval de ambos e não foi uma decisão exclusiva do presidente do clube. O UOL, entretando, disse que mantém a informação de que a comissão técnica não foi consultada em nenhum momento.

Independente de quem foi ou não consultado, Sheik, neste ponto de sua carreira, é mais um problema do que uma solução. E caberá agora a Fábio Carille administrar o vestiário corintiano pelos próximos seis meses – no mínimo.

E 2018, no Timão, começa cada vez mais parecido com 2016…

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