Copa Libertadores

Libertadores da América: Chape dá novo exemplo ao mundo ao encarar o Nacional-URU na estreia

Chapecoense
Foto: Sirli Freitas / Chapecoense

Equipe que precisou se reconstruir depois do desastre de 2016 abre sua segunda participação seguida no torneio mais importante das Américas         

A Chapecoense tem um lugar cativo na história do futebol brasileiro. Depois de encantar o país e o continente com atuações espetaculares em 2016, o clube precisou passar por uma reformulação drástica em 2017 ao perder todos os jogadores, técnicos e dirigentes no desastre aéreo da Colômbia – quando, afinal, a equipe viajava para disputar uma decisão, a da Sul-Americana, contra o Atlético Nacional. Mas isso tudo já faz parte de um passado. Doloroso, é verdade, mas um passado que deixa ainda mais brilhante o enredo que continuará a ser escrito às 21h45 (de Brasília) desta quarta-feira (31), quando a equipe catarinense recebe, na Arena Condá, o gigante Nacional, um dos clubes mais populares do Uruguai.

 

Chape vive sua melhor fase

Comandada por Gilson Kleina, técnico que surpreendeu ao levar a Ponte Preta à final do Paulista do ano passado, a Chapecoense é a atual líder do Campeonato Catarinense. E o que é mais impressionante: está invicta e sem sofrer gols. O astral da equipe é dos melhores para começar a Libertadores com um resultado satisfatório que alivie a pressão da partida da volta, no perigoso Gran Parque Central, em Montevidéu.

“Sabemos que a Libertadores é uma competição muito forte e que não permite erros”, comentou Kleina. “É de nosso total conhecimento também que o Nacional tem um time aguerrido e é um clube tradicional, que já ganhou a Libertadores três vezes. Tem tudo para ser um grande jogo, um verdadeiro clássico entre Brasil e Uruguai. A partir de agora, a margem de erro da nossa equipe é realmente zero”, seguiu o treinador.

Para ele, o apoio da torcida é fundamental: “Com certeza o torcedor do Nacional vai encher o estádio deles no Uruguai, então a gente precisa fazer o mesmo na Arena Condá. O que podemos prometer ao nosso torcedor é que vamos ser inteligentes e tentar fazer valer o nosso mando de campo. Se não tomarmos um gol, vai ser uma grande vantagem. Precisamos encontrar o equilíbrio certo entre a raça e o controle emocional”, finalizou Kleina, que também está invicto no comando da equipe.

De elenco coeso e combativo, a Chape não tem nenhum jogador considerado um craque que leve o time nas costas. O clube conta mais uma vez com atletas esforçados como o lateral Apodi, um dos mais identificados com a história da Chape por ter feito parte de toda a reconstrução da equipe. Ele pede para o grupo não pensar longe: o ideal é focar apenas no confronto diante do Nacional, para depois planejar os passos seguintes na competição. “O Nacional é um time muito forte e que vai nos exigir demais. Precisamos de foco total nos 180 minutos, especialmente no jogo de volta, que tem tudo para ser uma batalha”, finalizou.

O jogo de volta contra o Nacional está marcado para a quarta-feira (7 de fevereiro) da semana que vem. Quem passar deste confronto vai cruzar com outro adversário bem duro: o vencedor do duelo entre o Banfield, da Argentina, e o Independiente Del Valle, do Equador. O time sobrevivente vai integrar o grupo que terá também o Santos, o Estudiantes (Argentina) e o Real Gacilaso (Peru).

 

Nacional busca recuperação

O tricolor uruguaio é um dos maiores times do país, ao lado do Peñarol. O difícil vai ser fazer prevalecer a sua grandeza, pois o momento da equipe é complicado e também exige uma reformulação.

As trocas começaram no banco de reservas, com a saída do treinador Martín Lasarte para a entrada de Alexander Medina, de só 39 anos, vindo das divisões de base. A equipe tem jogadores tarimbados como o goleiro Conde, o meia Tabaré Viudez, campeão da Libertadores de 2015 pelo River Plate, e o atacante Bergessio, outro com boas passagens pelo futebol argentino – no caso do San Lorenzo, no fim da década passada. É uma equipe combativa e que dá aulas de como disputar a Libertadores da maneira clássica: colocando a perna forte e irritando o adversário em todos os detalhes. Tem desfalques importantes na defesa e sofre de certa lentidão na saída de jogo – eis o mapa da mina para a Chape se dar bem.

 

Jogos da 2ª rodada da Libertadores da América 2018

Quarta-feira, 31 de janeiro

  • 21:45 – Chapecoense x Nacional-URU – Palpite: Empate
  • 21:45 – Universidad Concepción-CHI x Vasco – Palpite: Empate

Quinta-feira, 1º de fevereiro

  • 20:15 – Deportivo Táchira-VEN x Indepediente Santa Fe-COL – Palpite: Empate
  • 22:30 – Oriente Petrolero-BOL x Jorge Wilstermann-BOL – Palpite: Empate
  • 22:30 – Olimpia-PAR x Junior Barranquilla-COL – Palpite: Olimpia