Tênis

Federer absoluto, Djokovic ganhando ritmo e derrota inesperada de Wawrinka marcam segunda rodada do Aberto da Austrália

Foto: Clive Brunskill/Getty Images

Enquanto atual campeão continua tranquilo em sua chave, sérvio precisou jogar “muita bola” para bater o francês Gael Monfils

 

E não é que estamos mais uma vez por aqui para falar do Aberto da Austrália?! Já se passaram cinco dias e a chave masculina de simples está com “quase tudo nos conformes”. Se por um lado Roger Federer e Rafael Nadal continuam em alta e sem sofrerem em quadra, Novak Djokovic até chegou a dar susto, porém segue vivo no primeiro Grand Slam do ano e ganha cada vez mais força para enfrentar o número 1 e 2 do mundo na sequência do torneio. Como fator negativo, vimos a despedida de Stan Wawrinka, que proporcionou a grande zebra desta edição ao ser superado Tennys Sandgren, número 97 do ranking ATP. Se liga só no que de melhor ocorreu até agora!

 

Nadal e Federer absolutos

O texto até parece repetido, mas o que podemos fazer se Rafael Nadal e Roger Federer não tem tomado conhecimento de seus adversários? Cabeça de chave número 1, o espanhol até já avançou as oitavas de final nesta sexta-feira (19), ao superar com extrema tranquilidade o bósnio Damir Dzumhur por 3 sets a 0, com parciais de 6/1, 6/3 e 6/1.

Precisando de mais uma vitória para assegurar a ponta do ranking, o Touro Miúra encara na próxima fase o baixinho Diego Schwartzman, que bateu o ucraniano Alexander Dolgopolov. No retrospecto entre ambos, o espanhol venceu todos os três confrontos contra o argentino e não perdeu nenhum set.

Já Roger Federer, que também segue sem ceder sets no torneio, terá um adversário mais complicado na segunda rodada. O suíço encara Richard Gasquet (31º). O duelo é um pouco mais duro, como dissemos há pouco, em teoria, porque na prática o atual campeão não tem dado chances ao francês ao longo do confronto. Dos 13 embates, Federer venceu 11, incluindo os últimos oito. Ele não perde um set sequer para o rival de logo mais desde o Masters 1.000 de Roma, em 2011. Por isso, já dá para imaginar o placar deste sábado!

 

De volta

Se alguém tinha alguma dúvida da condição física – mais especificamente em relação ao seu cotovelo direito – de Novak Djokovic, a resposta já está dada. O sérvio passou no primeiro importante teste no Aberto da Austrália. Seja pelo adversário, o francês Gael Monfils, que saiu ganhando o confronto, ou pelo calor de quase 40 graus no Melbourne Park.

O atual número 14ª da ATP tem pela frente na terceira rodada o espanhol Albert Ramos-Vinolas, cabeça de chave número 21. Outro bom jogo para medirmos o poder do ex-número 1 em seu retorno às quadras.

 

Zebra

Enquanto o Big 3 vai fazendo a sua parte, uma das possíveis ameaças já deu adeus ao torneio. Estamos falando de Stan Wawrinka, que caiu diante do norte-americano Tennys Sandgren por 3 sets a 0 – 6/2, 6/1 e 6/4. É bem verdade que o resultado é surpreendente se compararmos a posição de cada um no ranking, mas a incógnita sobre a condição de jogo do suíço, outro jogador que voltou a competir após cirurgia no joelho, não causa tanta surpresa assim. Wawrinka até tentou, mas o período de inatividade falou mais alto.

 

Instabilidade x recorde

Atual campeão do ATP Finals, Grigor Dimitrov está vivo no torneio, mas podemos dizer que suas recentes atuações não têm sido tão convincentes. Seja contra o norte-americano Mackenzie McDonald, que veio do qualificatório, e que precisou de cinco sets para avançar, ou no embate de hoje, contra o russo Andrey Rublev, no qual venceu em quatro sets e em mais de três horas para sacramentar o triunfo.

Como ponto positivo, o tenista se torna o búlgaro com maior número de vitórias em Melbourne. Ao superar Rublev, seu algoz no ano passado durante o Aberto dos Estados Unidos, o atual número 3 do ranking chegou a marca de 19 triunfos no Aberto da Austrália, ultrapassando a compatriota Manuela Maleeva, com 18.

 

Brasileiros nas duplas

O Aberto da Austrália começou muito bem para os brasileiros, que estão vivíssimos nas duplas. A começar por Marcelo Melo, número 1 do mundo ao lado do polonês Lukasz Kubot e favorito ao título nas duplas masculinas. Eles tiveram uma estreia tranquila contra Paolo Lorenzi (ITA) e Mischa Zverev (ALE). Agora, encaram os anfitriões Max Purcell e Luke Saville.

Já Bruno Soares e seu duplista Jamie Murray (GBR), campeões do GS em 2016, tiveram bem mais dificuldades na primeira rodada, mas continuam adiante. De olho no bi, eles medem forças na sequência os indianos Leander Paes e Purav Raja. Vai Brasil!