Tênis

Sem rivais do Big Four, Roger Federer fica perto de se tornar o maior de Wimbledon

Foto: Clive Brunskill/Getty Images

Como o tempo passa rápido, não é?! Há pouco mais de 15 dias listamos aqui os favoritos para o terceiro Grand Slam da temporada do tênis e não é que Wimbledon está em sua reta decisiva?! Relembrando o artigo do nosso companheiro Matías Carranza, Roger Federer fez jus ao favoritismo na abertura do torneio e agora, mais do que nunca, é o principal candidato a faturar o campeonato britânico com a chegada das semifinais nesta sexta-feira (14 de julho).

E o que mudou de lá para cá? Em relação ao multicampeão, nada. Ele despachou Alexandr Dolgopolov, Dusan Lajovic, Mischa Zverev, Grigor Dimitrov, Milos Raonic e parece estar com a confiança inabalável. Já seus principais adversários, como a turma do Big Four – Novak Djokovic, Andy Murray e Rafael Nadal -, ficaram supreendentemente pelo caminho e abriram passagem para o suíço de 35 anos colocar seu nome na história de Wimbledon. Federer pode se tornar o primeiro tenista a vencer por oito vezes a competição realizada nas gramas do All England Club.

Recordes e mais recordes

Com os títulos de 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2012 em Wimbledon, Federer está empatado atualmente com o norte-americano Pete Sampras, que venceu entre 1993 e 2000, e o inglês William Renshaw, de 1881 a 1889. Conquistar mais uma vez o torneio na Terra da Rainha significa a sua 93ª conquista em toda carreira, sendo a quinta em 2017: ele já venceu o Aberto da Austrália, Masters 1.000 de Miami e Indian Wells e o Aberto de Halle.

O tenista também está perto de pulverizar mais duas marcas. Diante do tcheco Tomas Berdych, 15º no ranking, que eliminou Djokovic – é bem verdade que o sérvio desistiu da partida ainda no segundo set com lesão no ombro -, o suíço pode atingir, em caso de vitória, o recorde de maior número de finais em Wimbledon – atualmente são 10. Além disso, ele chegaria ao maior número de decisões de Grand Slam: total de 29.

Apesar da empolgação com os possíveis feitos, o suíço tem um importante revés em Wimbledon que precisa ser levado em consideração: há sete anos, ele foi derrotado pelo próprio Berdych no torneio. Já no confronto direito, Federer leva ampla vantagem, de 18-6, vindo de sete vitórias consecutivas.

   

Marin Cilic x Sam Querrey

Na outra semifinal, duas “zebras” dão as caras. Em uma chave em que tinha tudo para termos Andy Murray x Rafael Nadal, os dois medalhões não corresponderam às expectativas. De um lado, o norte-americano Sam Querrey derrotou o atual número um do ranking da ATP nas quartas de final. Tudo bem que ele foi favorecido por problemas físicos – dores no quadril – do atual campeão que ficaram evidentes no terceiro set. Mas, não há desculpa… Já Cilic chega à semi depois de bater Gilles Muller em uma batalha de cinco sets. O tenista de Luxemburgo havia proporcionado até então a maior surpresa da competição ao eliminar o Touro Miúra em um jogo decidido apenas no quinto set, cercado de tensão, em 15-13, durante as oitavas de final.

Tanto o croata como o norte-americano, que pode ser o primeiro tenista de seu país a alcançar uma final desde Andy Roddick, em 2009, chegam pela primeira vez à esta fase de Wimbledon. O que pode pesar a favor a Cilic é o fato de o tenista já ter passado por pressão semelhante. Em 2014, ele conquistou o inédito título do Aberto dos Estados Unidos ao vencer Roger Federer, na semifinal, e Kei Nishikori, na decisão.

No entanto, é bom não descartar Querrey, que já despachou nomes importantes do circuito na atual edição do torneio. Ele venceu nas fases anteriores nomes como Jo-Wilfried Tsonga e Kevin Anderson.

Já no embate entre os dois tenistas, o croata leva vantagem. Cilic derrotou o rival em todos os quatro duelos anteriores. O último, ocorrido no ATP de Washington, em 2015.

   

Brasileiro no topo

Foto: David Ramos/Getty Images

Nas duplas masculinas, o brasileiro Marcelo Melo terá a oportunidade de alcançar o inédito troféu. Depois de bater na trave em 2013 – foi vice-campeão ao lado do croata Ivan Dodig – o mineiro tem grandes chances de ganhar o seu segundo Grand Slam da carreira – venceu Roland Garros em 2015. Ao lado do polonês Lukasz Kubot, o agora número um do ranking de duplas terá na decisão o austríaco Oliver Marach e o croata Mate Pavic, considerados os azarões.

Com 13 vitórias consecutivas, Melo/Kubot somam dois títulos consecutivos em torneios na grama (ATP 500 de Stuttgart e ATP 250 de s-Hertogenbosch). Esta será a sexta final da parceria em 2017, que foi campeã dos Masters 1.000 de Miami e Madrid, além do vice em Indian Wells.