UFC

Saint-Pierre revela lesão grave e retorno ao UFC só deve acontecer no fim do ano

Foto: Reprodução/UFC

Georges Saint-Pierre, resolveu, enfim, esclarecer o real motivo para sua estranha demora em marcar seu retorno ao octógono do UFC. Depois de anunciar sua volta ao esporte no início do ano, o Ultimate não conseguiu marcar uma data para o ex-campeão dos meio-médios pisar novamente no cage e fazer a (já promovida) superluta pelo título dos médios contra o campeão Michael Bisping. Irritado com a demora, o presidente do UFC Dana White cancelou a disputa. Mas o que ele não disse – e o que GSP garente que o UFC já sabia – é que o canadense sofreu uma lesão no olho, está em recuperação e só poderá voltar a lutar no fim do ano.

Nesta sexta-feira (26), Saint-Pierre resolveu colocar tudo em pratos limpos. Até então reticente sobre seu futuro, o astro canadense explicou em uma coletiva de imprensa no Canadá que uma lesão afetou sua visão de modo que ele só poderá voltar a treinar forte e fazer sparring (simulação de luta) em setembro. É bom lembrar que a ideia do UFC era promover GSP Vs Bisping em julho. Por isso o ex-campeão declarou semanas atrás que só poderia lutar no último trimestre do ano. Segundo ele, sua visão ainda não está 100% recuperada. Problemas na visão devem ser cuidados com atenção, é coisa séria.

Georges ainda esclareceu que “todas as pessoas envolvidas” e a direção do Ultimate estavam cientes do problema, mas mesmo assim o pressionaram. A coletiva de imprensa realizada em Las Vegas (EUA) para promover a superluta com Bisping, em março, foi contra seu gosto. Ele participou da ocasião mesmo desconfortável pois tinha interesse na superluta.

O cenário hoje é completamente outro. GSP perdeu a chance de enfrentar Bisping e terá de pensar em uma nova forma interessante de voltar ao esporte. Com a desistência de Saint-Pierre Vs Bisping, Dana White anunciou Robert Whittaker Vs Yoel Romero pelo título interino dos médios, dia 8 de julho, pelo UFC 213. O que significa que o vencedor dessa luta será o próximo rival de Bisping, que também se recupera de uma lesão.

Toda essa confusão sugere que o UFC se precipitou ao anunciar a superluta tão cedo e que Georges não cedeu à pressão da organização para lutar mesmo sem estar 100%. Agora nos resta esperar a recuperação do canadense e tentar imaginar o que o futuro reserva para um dos retornos mais aguardados da história do MMA.