Olimpíadas

Raio-X da Olimpíada de Inverno de 2018

Foto: AP Photo/Lee Jin-man

Banida pelo COI em função de casos de doping, Rússia é a grande baixa dos Jogos de PyeonChang, na Coreia do Sul

No dia 09 de fevereiro de 2018, será realizada a cerimônia de abertura da 23ª Olimpíada de Inverno, que terá como sede a cidade de PyeonChang, na Coreia do Sul. Com mais de 80 países participantes, os Jogos contam com 102 disputas por medalhas em 15 modalidades. São elas: biatlo, bobsleigh, combinado nórdico, curling, esqui alpino, esqui cross-country, esqui estilo livre, hóquei no gelo, luge, patinação artística, patinação de velocidade, patinação de velocidade em pista curta, salto de esqui, skeleton e snowboard.

Na edição passada, em Sóchi, na Rússia (2014), a Noruega terminou na primeira colocação do quadro de medalhas, com 11 ouros, à frente do Canadá (dez) e de Estados Unidos e Rússia, ambos com nove presenças no lugar mais alto do pódio. Aliás, os russos são o principal tema da Olimpíada de Inverno de PyeonChang, mas de maneira vergonhosa.

 

Rússia é banida da Olimpíada de Inverno pelo COI

O Comitê Olímpico Internacional (COI) agiu com rigor poucas vezes visto ao não só suspender 11 atletas da Rússia dos Jogos de Inverno, como também banir o próprio país da disputa, em função de casos de doping. Na semana passada, o COI anunciou a exclusão de Maxim Belugin, Alexander Bessmertnykh, Tatiana Burina, Albert Demchenko, Tatyana Ivanova, Nikita Kryukov, Artem Kuznetcov, Natalia Matveeva, Anna Shchukina, Ivan Skobrev e Liudmila Udobkina.

Segundo informações do COI, desde que a comissão independente da Agência Mundial Antidoping (Wada) foi criada, 46 casos relacionados ao uso de substâncias proibidas foram analisados, sendo que três deles já foram arquivados e outros ainda serão julgados. Logo, não está descartada a possibilidade de que mais casos venham a público.

Os competidores russos que foram liberados para competir no evento irão participar das competições sob a bandeira olímpica.

 

Segurança: tensão com a Coreia do Norte é sempre uma preocupação

Uma boa notícia para quem estava preocupado com possíveis atos hostis da Coreia do Norte contra a vizinha do Sul e também voltados aos EUA: segundo o Instituto Coreano para a Unificação Nacional (KINU), os norte-coreanos devem dar uma “trégua” em seus testes nucleares durante os Jogos de Inverno. Ainda de acordo com o KINU, a nação governada pelo ditador Kim Jong-un está propenso a aceitar as negociações militares propostas por Seul, capital da Coreia do Sul, para evitar choques militares acidentais por ocasião da Olimpíada.

A movimentação para evitar o clima de instabilidade diplomática na competição se intensificou após a ameaça de boicote das delegações da Alemanha, França e Áustria. Em setembro deste ano, o clima de apreensão aumentou em função de uma série de lançamentos de mísseis pela Coréia do Norte, sendo que um deles passou sobre a ilha de Hokkaido, ao norte do Japão.

 

Frio além da conta preocupa organizadores

O frio é uma das principais características das Olimpíadas de Inverno. Logo, as temperaturas negativas não seriam uma preocupação. Porém, os termômetros vêm causando temor nos organizadores da de PyeongChang 2018, já que a competição pode registrar as condições térmicas mais adversas dos últimos 30 anos. Como o estádio principal do evento não é coberto, mais de 35 mil espectadores, entre eles líderes mundiais, poderão ficar durante as cerimônias expostos a ventos cortantes com sensação que pode bater na casa dos 14 graus negativos.

Se as previsões dos institutos de meteorologia se confirmarem, o recorde de – 11 graus, registrados nos Jogos de Lillehammer, em 1994, na Noruega, pode ser batido. No mês passado, foram registrados seis casos de hipotermia, durante um show de uma banda pop sul-coreana que aconteceu no estádio. Desde então, os organizadores dos Jogos também planejam instalar pára-brisas grandes ao redor da arena. A opção pela não construção de uma cobertura teve a ver com uma medida para diminuir os custos da obra.

 

O Brasil nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018

Por se tratar de um país tropical, o Brasil não conta com tradição nas Olimpíadas de Inverno. O melhor resultado do País se deu no snowboard cross, em 2006, nos Jogos de Turim, quando Isabel Clark terminou na nona colocação. Aliás, ela está perto de garantir se classificar em PyeongChang – já que a carioca é a 19ª no ranking mundial, quando as 30 melhores atletas garantem vaga.

Os outros nomes de destaque da delegação brasileirão são a patinadora Isadora Williams, que terminou no quinto lugar do Troféu Nebelhorn, na Alemanha, com a sua melhor nota final na temporada (154,21 pontos), além da equipe de bobsled (trenó 4-man), formada por Edson Bindilatti (piloto), Odirlei Carlos Pessoni, Erick Vianna, Rafael Souza, Edson Martins e Denis Parreiras.