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Paixão Nacional: abandono

A 21ª rodada do Campeonato Brasileiro começa amanhã com um certo “desinteresse” no G-4. Com a boa vantagem conquistada no primeiro turno pelo líder Corinthians, seus perseguidores mais imediatos de certo modo “abriram mão” da disputa pelo Brasileirão para concentrar seus esforços nas outras competições que ainda disputam.

O vice-líder Grêmio, por exemplo, já disse que poupará o time titular no final de semana, de olho no jogo decisivo da próxima quarta-feira contra o Cruzeiro, no Mineirão, pelas semifinais da Copa do Brasil. Além disso, o tricolor gaúcho segue vivo na Libertadores e enfrentará o Botafogo nas quartas de final.

Quem também se mantém inteiro na Libertadores é o terceiro colocado no Brasileiro, o Santos, que enfrentará o Barcelona de Guayaquil pelas quartas de final do torneio continental no próximo dia 13 de setembro. A intenção do técnico Levir Culpi é aproveitar  as semanas que faltam para o duelo e dar ritmo de jogo aos reforços – caso de Nilmar – e aos atletas que estão voltando do departamento médico – Renato, por exemplo. O Brasileirão meio que se transformou numa “pré-temporada” de luxo para o time da Vila Belmiro.

14 pontos atrás do líder e com um jogo à mais, o Palmeiras assumiu publicamente que o único obejtivo do time é garantir uma vaga no G-4 e convencer o Grêmio a devolver Lucas Barrios e levar Borja em seu lugar – algumas alas no clube dizem, inclusive, que é possível incluir Alexandre Mattos e Felipe Melo no negócio.

Diante deste cenário, com a regularidade que tem  e a vantagem que abriu, o Corinthians tem grandes chances de “matar” o Campeonato Brasileiro nas próximas duas rodadas. Para isso, precisa vencer o Vitória amanhã, no Itaquerão pela 21ª rodada e derrotar, também, a Chapecoense, na próxima quarta-feira, no jogo válido pela 20ª rodada. Somando estes 6 pontos aos resultados ruins de Grêmio, Santos, Palmeiras e Flamengo na abertura do returno no último final de semana, pode-se dizer com pouca margem de erro que o Timão não perde mais o Brasileirão 2017 – o vice-líder precisaria, no melhor dos cenários, buscar uma diferença de 11 pontos em 17 rodadas contra um time que não mostrou nenhuma irregularidade até aqui. Muito, mas muito difícil.

Pior para o troféu de Campeão Brasileiro, que seguirá gastando rios de dinheiro com terapia para sentir-se menos rejeitado.