Handebol

Mundial Feminino de Handebol: Semifinais terão Suécia x França e Holanda x Noruega

Foto: Lukasz Laskowski/PressFocus/MB Media/Getty Images

Campeão da competição quatro anos atrás, o Brasil despencou e terminou no 18º lugar         

A Alemanha é hoje a casa do tradicional Mundial Feminino de Handebol. Disputada pela primeira vez em 1957, a competição é realizada a cada dois anos ininterruptamente desde 1993. E a atual edição, a 23ª da história, já está nas semifinais e promete dois duelos que poderiam ser perfeitamente a decisão do campeonato. Os confrontos serão nesta sexta (15) na cidade de Hamburgo e vão colocar frente a frente as seguintes seleções: França x Suécia e Holanda x Noruega.

 

Noruega é a atual campeã

A grande potência histórica do Mundial Feminino de Handebol é a Rússia, campeã em sete edições. A equipe, porém, enfrenta uma certa turbulência. Ganhou o Mundial pela última vez em 2009, e na edição disputada na Alemanha terminou apenas na quinta colocação, um posto que não condiz com as suas tradições.

Na falta da Rússia para amedrontar as rivais, cabe à Noruega o papel de dominadora do cenário atual. As norueguesas são as atuais campeãs do mundo – venceram justamente a Holanda no Mundial realizado na Dinamarca em 2015.

E é exatamente esta a semifinal que vai definir o futuro de cada uma das seleções neste Mundial.

A Noruega surge como favorita: fez um duelo tranquilo contra a Rússia nas quartas de final, mostrando sua pinta de campeã ao simplesmente dobrar a pontuação da seleção rival, fechando a partida com um incontestável 34×17.

Foi a maior goleada das quartas de final, pois todos os demais confrontos tiveram placares apertados. Adversária da Noruega, por exemplo, a Holanda ganhou por apenas 30×26 da República Checa, que vendeu caro a derrota e demonstrou que teria até mesmo chances de avançar às semifinais.

Os demais jogos contaram com diferenças mais compatíveis com o basquete. A França bateu Montenegro por apenas 25×22. E o clássico entre Suécia e Dinamarca terminou 26×23 para as suecas, que surgem como as favoritas em seu duelo semifinal contra a França.

Uma prova do grande equilíbrio deste Mundial vem do fato de nenhuma das quatro seleções semifinalistas terem a invencibilidade até aqui.

Mesmo a forte seleção da Noruega já tropeçou no começo: perdeu para a Suécia na fase de grupos, por 31×28.

A última invicta a cair foi a Rússia, derrotada pela própria Noruega nas quartas de final.

 

E o Brasil?

Enorme surpresa ao ganhar o Mundial quatro anos atrás, a seleção brasileira mostrou que precisa evoluir muito se quiser voltar a ocupar o pódio da modalidade. A equipe já terminou sua participação na competição realizada na Alemanha com uma modesta 18ª colocação entre as 24 nações presentes ao Mundial.

O Brasil atravessa uma grande renovação, especialmente na comissão técnica. O técnico espanhol Jorge Dueñas foi apresentado em agosto, mas começou a trabalhar com o grupo apenas em outubro. Seria mesmo impossível esperar coisa melhor no principal evento do handebol.

A seleção despencou depois de conquistar o Mundial de 2013. Há dois anos, em 2015, as meninas do Brasil até chegaram às oitavas de final, perdendo apertado para a Romênia por 25×22. A falta de perspectivas no horizonte do Brasil precisa ser corrigida o quanto antes. A sede do Mundial de 2019 já foi definida: será no Japão, e será praticamente um evento-teste antes da Olimpíada que vai ocorrer por lá mesmo, em Tóquio, em 2020.

Outro sinal de força das seleções européias veio da própria decisão da última Olimpíada, no ano passado, quando a Rússia bateu a França por 22×19, com uma surpreendente disputa de medalha de bronze entre Holanda e Noruega. No fim, a medalha de terceiro lugar ficou com a Noruega, que venceu por 36×26.

Semifinalista do atual Mundial, a Suécia terminou a competição disputada no Rio de Janeiro apenas na sétima colocação, atrás inclusive do Brasil, que fechou o torneio disputado em casa na quinta posição.

A tradição de se contar com Mundiais surpreendentes nos anos seguintes à Olimpíada não tem sido seguida desta vez. Os únicos desempenhos que destoam dos demais são mesmo a queda da Rússia (campeã olímpica e eliminada do Mundial) e, quem diria, a eliminação precoce do Brasil, que foi analisado pelos especialistas como um potencial participante das oitavas de final e, se o confronto fosse fraco, até mesmo com uma chegada às quartas de final, o que esteve longe de acontecer.

 

Jogos da semifinal do Mundial Feminino de Handebol

Quinta-feira, 14 de dezembro

  • 14:30 – Holanda x Noruega – Palpite: Noruega
  • 17:45 – Suécia x França – Palpite: França