Copa Sul-Americana

De virada, Flamengo perde mas segue com chances de título na Copa Sul-Americana

Foto: Gilvan de Souza / Flamengo

Rubro-negro sai na frente mas permite a virada dos donos da casa e agora precisa de uma vitória por 2 gols para conquistar o título de campeão.

Não foi o resultado que o Flamengo queria, mas a derrota por 2 a 1 para o Independiente no primeiro duelo da grande final da Copa Sul-Americana, apesar de doída, mantém o rubro-negro vivo na briga pelo título no próximo dia 13, no Maracanã diante de sua torcida. Não será fácil, mas está longe de ser impossível.

 

Início arrasador

O Flamengo começou o jogo sentindo-se em casa e aos 7 minutos do primeiro tempo, Réver – que era dúvida para o jogo – completou de cabeça cobrança de falta de Trauco pela esquerda. 1 a 0 para o Mengão no quintal do Independiente que, obviamente, não gostou nada disso.

Com muitas trocas de posições e de passas, a equipe argentina pouco a pouco tomou conta do jogo e foi empurrando a linha defensiva do Flamengo para trás. O time carioca aceitava a pressão dos donos da casa, hora por culpa do vício dos times brasileiros em abrirem o placar e se encolherem achando ser possível aguentar 50, 60 minutos de pressão ininterrupta, hora por culpa de sua falta de opções em conseguir sair com a bola dominada de sua defesa. E foi num erro de saída de bola que o Independiente chegou ao gol: aos 28 minutos, desatenção na saída rubro-negra. Gigliotti recebeu livre na área e chutou forte, sem chance para César. 1 a 1.

O Flamengo se aguentou até o final do primeiro tempo e até conseguiu um ligeiro equlíbrio nos minutos finais – que serviram para encher a torcida de esperança.

 

A virada

O segundo tempo começou como uma repetição do primeiro após o gol dos visitantes: Flamengo se defendendo e o Independiente atacando. Contando ainda com uma jornada infeliz de Trauco e Éverton Ribeiro (que ainda não justificou o investimento da Gávea na sua contratação), os donos da casa encontraram a virada aos 7 minutos com Meza que completou bela jogada do jovem Ezequiel Barco, que limpou a marcação e cruzou para a finalização mortífera: 2 a 1.

Rueda então mexeu no time e trocou Paquetá (muito abaixo do que vinha jogando) por Everton (retornando de contusão) e Diego (exausto) por Vinícius Júnior. Com gás novo, o rubro-negro voltou a equilibrar as ações mas, com muitos erros de conclusão, não conseguiu aproveitar as chances que criou para sair da Argentina com, pelo menos, um empate.

 

Não foi ruim

Apesar disso, o 2 a 1 fora não pode ser considerado um desastre. Uma vitória simples do Flamengo leva o jogo para a prorrogação equanto que o triunfo por 2 ou mais gols deixa o troféu de campeão com o rubro-negro carioca. O Independiente joga pelo empate.

 

Autocrítica

Na coletiva após o jogo, Reinaldo Rueda levantou pontos importantes que explicam o resultado e que servem de alívio para a torcida: o técnico “viu” o mesmo jogo que todo mundo e com uma semana livre para trabalhar, talvez, consiga mexer nos pontos falhos do time para reverter com tranquilidade o placar de ontem na próxima semana.

“Fizemos um grande jogo, mas faltou realizar situações que tivemos – uma ou duas. Um jogo que nos exigiu bastante. Independiente foi mais preciso que nós”, disse sobre o primeiro duelo da grande final. E disse bem.