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A chegada de Marlon Moraes ao UFC

Foto: AP Photo/Gregory Payan

Um dos maiores lutadores da categoria dos galos na atualidade está chegando ao UFC. Após anos de incerteza e flertes com a maior organização de MMA do mundo, Marlon Moraes, enfim, se acertou com o UFC. O fluminense, de Nova Friburgo, fará sua estreia no octógono no dia 3 de junho, no Rio de Janeiro, pelo UFC 212. Ele encara o compatriota Raphael Assunção em confronto de alto nível na categoria. Uma grande oportunidade de iniciar uma caminhada que tem tudo para ser gloriosa no cage. Conhecido pelo estilo respeitoso fora do cage e brutal dentro dele, Moraes garante que não vai mudar sua postura na nova franquia.

Ex-campeão do WSOF (Worlds Series of Fighting), Marlon chega ao UFC com status de possível desafiante – e até quem sabe campeão – da categoria. Ele já é conhecido como um campeão dominante há anos. Parte desse reconhecimento se dá por conta de sua trajetória. O brasileiro tem um cartel de 18 vitórias e quatro derrotas em sua carreira no MMA. Ele está invicto a 13 lutas consecutivas e não sabe o que é perder desde dezembro de 2011.

Tive a oportunidade de entrevistar Marlon Moraes nesta semana. Bom de papo, o brasileiro vive nos Estados Unidos há anos, mas não perde o sotaque carioca, recheado de gírias. Como campeão do WSOFe já depois de atrair as atenções do mundo das lutas, Marlon sempre teve cautela ao falar sobre o sonho de lutar no UFC. A hora chegou e, segundo ele, “na hora certa”. E a chegada à organização não terá influência em sua forma de agir. Focado, ele sabe o que quer, e essa consciência pode ajudá-lo em meio a tantas distrações.

Diante dos novos tempos, onde lutadores conquistam chances pelo título e fazem superlutas com a força da autopromoção, Marlon garante que não irá se render à mudança de comportamento que muitos atletas passaram. Ele resume esse pensamento de uma forma simples. “Sou lutador, não ator”. E isso diz muito sobre ele. Marlon é daqueles lutadores que colocam a honra e o respeito à frente do dinheiro e da popularidade. É bom lembrar que ele chega ao UFC e logo na estreia, além de poder se apresentar no mesmo evento que nomes como José Aldo e Anderson Silva, ainda vai encarar logo o terceiro colocado no ranking oficial dos galos. Uma vitória já lhe coloca cotado a uma chance pelo título. Mas fazer seu trabalho é só o que ele quer.

Sem pressa, consciente e lúcido, Marlon Moraes chega ao UFC como uma chance real de cinturão na categoria dos galos. É mais um exemplo de “lutador raíz” que o Brasil produziu. Que os falastrões se preparem, pois Marlon não está no UFC para atuar e, sim, fazer o que ele sabe de melhor: lutar.